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É com a melhoria de rendimentos das pessoas que Portugal pode alcançar o crescimento forte e justo que ambiciona

É com a melhoria de rendimentos das pessoas que Portugal pode alcançar o crescimento forte e justo que ambiciona

António Costa voltou ontem em Aveiro a defender que os salários em Portugal têm de alcançar níveis de crescimento perto dos verificados em países como a Alemanha, garantindo que nos próximos quatro anos vai continuar a trabalhar para que “o peso do salário dos portugueses na riqueza nacional chegue à média que se verifica na Europa”.

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António Costa, comício em Aveiro

O Secretário-geral do PS voltou ontem a criticar a direita e o PSD em particular, por insistentemente desvalorizarem o que considerou ser o decisivo “contributo do rendimento das famílias para o crescimento económico”, destacando que o crescimento verificado na economia nacional nos últimos seis anos não se deveu apenas e só ao aumento das exportações, mas também ao reforço do rendimento dos portugueses.

O líder socialista, que falava no Centro de Congressos de Aveiro completamente esgotado, onde também intervieram o presidente da Federação, Jorge Sequeira, e o cabeça de lista por este ciclo eleitoral, Pedro Nuno Santos, fez questão, logo no início do seu discurso, de traçar uma comparação sobre o percurso económico do Governo que lidera com o do anterior chefiado por Passos Coelho, lembrando que, “entre 2016 e atualmente”, o país voltou a crescer mais rápido do que a média dos países da União Europeia, estando hoje, como garantiu, “mais próximo de países como a Alemanha do que estava em 2015”. O caminho que ainda falta fazer, completou, terá de passar por “melhorar e aumentar o rendimento das famílias”.

O que é “muito triste”, referiu ainda António Costa, é ver a direita e o PSD em particular a “insistirem na receita da austeridade”, uma tese que por mais que agora queiram desmentir, como salientou, ficou já “gravada na memória de todos nós” quando o líder do PSD, Rui Rio, manifestou no Parlamento, de forma inequívoca, a sua oposição “à subida do salário mínimo nacional”.

O líder socialista não deixou escapar o que considera ser uma falsa ideia propalada pela direita de que o PS despreza ou minimiza o papel determinante das empresas no conjunto da economia nacional, reafirmado, contudo, o primado sempre defendido pelos socialistas, de que “não há empresas sem trabalhadores”, voltando a sustentar que “aquilo que faz uma sociedade ser justa e decente é os ganhos da riqueza que o país produz serem justamente repartidos”.

A propósito de salários e da riqueza produzida, António Costa lembrou que apesar dos partidos da direita gostarem de comparar a realidade portuguesa com a dos restantes países europeus, há um aspeto, como frisou, “que nunca lhes merece qualquer referência”, aquele que tem a ver com a “média do peso dos salários na Europa no conjunto da riqueza”.

Uma omissão que, para o líder socialista, esconde que na maioria dos restantes países europeus “essa média corresponde a 48%”, enquanto que em Portugal, “durante os anos de governação da direita”, esse valor “afundou-se para os 40%, em contraponto à atual situação, em que nos últimos seis anos voltou a subir para os 45%”.

De acordo com o Secretário-geral do PS, a “ambição e a meta” que o Governo socialista se propõe prosseguir nos próximos quatro anos é de tudo fazer para que o peso dos salários na riqueza produzida em Portugal possa chegar “à média europeia”, insistindo para que “ninguém acredite” na tese defendida pela direita, de que “os salários médios não sobem porque se obriga as empresas a gastar dinheiro com os salários”.

Para António Costa, a vitória do PS nestas eleições legislativas significa, desde logo, como assinalou, um passo em frente na consolidação da democracia e uma vitória dos idosos que “têm direito a um aumento extraordinário das suas pensões”, dos jovens “que têm direito a um IRS reduzido para arrancarem com a suas vidas”, e dos trabalhadores que “podem ver já este ano o seu IRS reduzir e os seus salários continuarem a aumentar”.

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