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Crescimento do país deve ser exemplo para década de convergência

Crescimento do país deve ser exemplo para década de convergência

O primeiro-ministro e líder socialista, António Costa, destacou ontem, em Gaia, os “bons números” que a economia nacional registou nos últimos nove meses, defendendo que o país deve aproveitar esta trajetória de crescimento continuado para começar a projetar “uma década de convergência” com a União Europeia.
Cuidado com o que se diz

“Pela primeira vez depois da adesão ao euro, nos últimos nove meses, crescemos acima da União Europeia”, assinalou António Costa, aludindo aos números oficiais confirmados pelo Instituto Nacional de Estatística, que reviu em alta o crescimento do país no segundo trimestre do ano, para 2,9% em termos homólogos, o terceiro trimestre consecutivo em que Portugal cresceu acima da média dos países da UE.

O líder do Governo advogou que o país não pode “aceitar que estes nove meses tenham sido uma exceção”, mas sim, como sublinhou, um “exemplo” da capacitação nacional para desenhar o futuro.

“E temos a oportunidade para o conseguirmos fazer, porque temos o saber, a capacidade de inovação, de produção e exportação que, ao longo destes anos, as universidades e os politécnicos, as nossas empresas, o nosso setor público foi criando, para podermos fazer destes nove meses não uma exceção, mas o princípio de uma década de convergência”, sustentou.

Desenhar já o futuro pós 2020

Para António Costa, que falava na sessão pública que assinalou um investimento na renovação ambiental da frota de transportes públicos do Porto, é agora “fundamental” para o futuro do país alargar desde já o trabalho de preparação do próximo ciclo comunitário, pós 2020, envolvendo o Conselho Económico Social, a indústria, as universidades e politécnicos, assim como os novos eleitos do Poder Local, que sairão das eleições do próximo mês.

“É absolutamente essencial que a partir do dia 1 de outubro, com a legitimidade renovada pelas eleições autárquicas, os próximos autarcas sejam parceiros fundamentais no desenho do Portugal pós 2020, desde logo participando na escolha dos responsáveis pelas comissões de coordenação e desenvolvimento regional, de forma a que o próximo quadro comunitário de apoio não seja um quadro desenhado centralmente em Lisboa, não seja um quadro desenhado tecnocraticamente nos gabinetes, mas, pelo contrário, corresponda efetivamente a um grande pacto nacional”, acentuou.

“Não é cedo, é no tempo certo para que tudo esteja pronto no dia 1 de janeiro de 2021. Para podermos começar a utilizar o próximo ciclo de fundos comunitários, e não desperdiçarmos tempo, como esta vez desperdiçámos, na transição de um quadro para outro, temos de nos começar a preparar já”, sublinhou.