COMPROMISSO SOBRE A PARIDADE NOS ÓRGÃOS AUTÁRQUICOS

Num encontro que se destinava a fazer um balanço do processo eleitoral e a preparar a participação das MS-ID nos Congressos Federativos do PS, marcados para os dias 12 e 13 de setembro, o Secretário-geral adjunto do Partido Socialista apresentou um conjunto desafios às Mulheres Socialistas no âmbito do processo de conquista do direito à igualdade na atividade política.

José Luís Carneiro sublinhou a importância de “sermos vozes ativas e atentas para melhorar as respostas das políticas públicas e a sua compreensão pelas populações”; referiu que “a preparação das próximas autárquicas é de extrema importância porque vamos estar em período de recuperação económica e isso traz responsabilidade acrescida”; pediu uma avaliação sociológica do universo de mulheres socialistas autarcas e o estabelecimento de um compromisso público que ajude o PS a caminhar para a representação autárquica paritária, acrescentando que a presidente das MS-ID, Elza Pais, “é a líder com quem se pode contar para vencer desafios e conquistar terreno no domínio da igualdade”. O Secretário-geral adjunto elogiou ainda “o espírito de cooperação mútua que tem existido e que contribui para melhorar a performance política do PS”.

Elza Pais congratulou-se em nome das MS-ID, prometendo para breve o estudo sociológico e também a apresentação das metas de paridade para as próximas eleições autárquicas. Atualmente, os órgãos autárquicos são ocupados por 63% de homens e 37% de mulheres, números que Elza Pais quer próximos dos 50/50. A presidente das MS-ID vincou bem que “estamos disponíveis para contribuir para a progressão das políticas socialistas num momento tão desafiante para o país como é este da pandemia e da crise que ela provoca”.

Elza Pais referiu também a “importância da existência de uma rede territorial forte das MS-ID, para apoiar o Partido Socialista na ação política no terreno” e “apoiar a implementação de medidas no âmbito da igualdade, sobretudo agora, em plena pandemia, num momento em que se registam retrocessos graves e, nos avanços que se registam, as mulheres estão a ser penalizadas”.

Para as presidentes federativas, a preocupação é agora a instalação dos novos órgãos, designadamente, as Comissões Políticas Federativas (CPF) e os Secretariados Distritais, que ainda têm de ser eleitos pela CPF em pleno mês de férias e num momento em que vigoram regras sanitárias que condicionam a atividade política coletiva. Por isso mesmo, a direção nacional decidiu autorizar a realização dos atos de instalação no início de setembro, antes da realização dos Congressos, ultrapassando a regra estatutária que determina um prazo de 20 dias para o efeito.

Nestas eleições federativas, foram eleitas 17 presidentes, ficando Guarda e Vila Real para uma fase eleitoral posterior. Das eleitas, nove renovaram os respetivos mandatos, oito desempenham funções pela primeira vez. A lista de presidentes federativas das MS-ID é agora a seguinte:

Algarve – Tatiana Gouveia

Aveiro – Rosa Venâncio Baixo Alentejo – Laura Rodrigues

Braga – Palmira Maciel

Bragança – Carla Sabim

Castelo Branco – Paula Teixeira

Coimbra – Rosa Isabel Cruz

Évora – Elsa Rolo

FAUL – Susana Amador

FRO – Catarina Silva

Leiria – Isabel Borges

Portalegre – Margarida Curinha

Porto – Patrícia Faro

Santarém – Mara Lagriminha

Setúbal – Ana Santos

Viana do Castelo – Sandra Vieites

Viseu – Cristina Batista

Foram igualmente eleitas oito novas coordenadoras concelhias e respetivas equipas, nos concelhos de Arraiolos, Estarreja, Mafra, Penafiel, Póvoa de Varzim, Santa Marta de Penaguião, Vila Franca de Xira e Vila Real. As MS-ID têm agora 144 estruturas concelhias em todo o território nacional.