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Cimeira das economias africanas “excedeu todas as expectativas”

Cimeira das economias africanas “excedeu todas as expectativas”

A cimeira para a retoma das economias africanas “excedeu as expectativas que todos tinham”, disse ontem, em Paris, o primeiro-ministro António Costa.

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O primeiro-ministro, António Costa, participou esta terça-feira na Cimeira para o Financiamento das Economias Africanas, que teve lugar na capital francesa.

“Esta conferência centrou-se na procura de soluções concretas, reunindo líderes africanos e europeus”, revelou chefe do Governo português.

“Estivemos todos a trabalhar em conjunto para juntar os diferentes mecanismos de financiamento que cada um tem, para dar um impulso forte ao desenvolvimento africano”, disse o líder socialista.

Para António Costa, a cimeira “excedeu as expectativas que todos tinham” e permitiu um entendimento sobre o financiamento das economias dos países africanos que poderá ser superior a cem mil milhões de euros.

António Costa salientou que existe atualmente uma forte interligação dos interesses comuns entre a Europa e África e defendeu que “temos de transformar a resposta imediata à pandemia numa recuperação de longo prazo, criando entre os dois continentes uma dinâmica de prosperidade partilhada e sustentada”.

A recuperação das economias dos países europeus e africanos deve ocorrer de forma simétrica e simultânea de modo a que o crescimento económico em ambos os continentes possa acontecer de forma mais rápida e sustentada, defendeu o líder do executivo.

Encontros bilaterais com Angola e Moçambique

À margem da Cimeira para o Financiamento das Economias Africanas, o primeiro-ministro esteve reunido com o Presidente da República de Angola, João Lourenço, e, ainda, com o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi.

Referindo-se ao encontro com o Presidente angolano, António Costa anunciou que Portugal desbloqueou duas linhas de crédito para duas grandes obras em Angola: a circular de Lubango e a infraestrutura de Muxima.

“Além das linhas de crédito disponibilizadas no Soyo, foram agora aprovadas pelo Ministério das Finanças duas outras, uma para a circular do Lubango e outra para a infraestrutura de Muxima”, especificou, acrescentando que “todas as questões de crédito que estavam pendentes com Angola estão neste momento ultrapassadas e em condições de os investimentos poderem avançar”.

Quanto à reunião com o chefe de Estado moçambicano, António Costa lembrou que Portugal sempre apoiou o esforço de luta contra o terrorismo, pelo que, conforme reforçou o líder do executivo socialista, Portugal está “disponível para integrar e participar nas forças militares e outros apoios de resposta à situação que se vive em Cabo Delgado”.

“A União Europeia está neste momento a fazer a geração de forças para uma equipa técnica e de formação em Moçambique e estamos disponíveis para integrar outras forças e outros apoios que sejam necessários”, adiantou António Costa.

“Temos falado com os parceiros europeus, com a França. Nós temos apoiado a França em outras ações e recordo que depois dos ataques terroristas em Paris, Portugal mobilizou uma força que tem estado presente há mais de cinco anos na República Centro Africana”, disse o primeiro-ministro.

Ainda sobre a situação que se vive na região de Cabo Delgado, o chefe do executivo sublinhou que “quando se trata de amigos tão próximos, como é o caso de Moçambique, a expectativa que temos é que os nossos parceiros europeus correspondam ao apoio”.

Além dos encontros com os presidentes de Angola e de Moçambique, António Costa esteve ainda reunido com os presidentes do Egipto, Abdul Fatah as-Sisi, da Tunísia, Kais Saied, e do Ruanda, Paul Kagame.

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