António José Seguro: "O PS não se calará"

“O Governo já acabou com 71 centros Novas Oportunidades e prepara-se para na terça-feira acabar com mais de 100 outros centros. É sério que o Governo tenha prometido um estudo de avaliação e antes de o conhecer vá acabar com quase 200?”, questionou António José Seguro ontem, durante uma visita a um Centro Novas Oportunidades em Torres Vedras.

Para o líder socialista a medida “representa uma opção ideológica diferente daquela que o PS tem”, criticando o Governo de “ter desistido dos portugueses”.

“O PS não se calará e exigirá ao Governo que continue a apostar no programa das Novas Oportunidades porque significa apostar na qualidade, na capacidade, na inteligência e na competência dos portugueses”, sublinhou Seguro.

“Assisti com estupefação ao facto de o ministro das Finanças ter ido propor o que eu ando a propor ao seu colega alemão o que eu ando a propor há mais de três meses. Espero um esclarecimento do primeiro-ministro sobre essa matéria”, afirmou António José Seguro antes de concluir a visita e se dirigir a um jantar com cerca de 250 militantes na Lourinhã.

Na sua intervenção na Lourinhã, o secretário-geral do Partido Socialista acusou o primeiro-ministro de ter “paixão e obsessão” pela austeridade, explicando que as medidas impostas aos portugueses permitiram chegar a um valor excedentário em relação às metas de redução do défice orçamental.

“O primeiro-ministro tem uma paixão e uma obsessão sobre a austeridade. Portugal tinha previsto para 2011 um défice orçamental de 5,4 por cento e que o défice vai situar-se perto dos quatro por cento, o que quer dizer que há um excedente”, disse com firmeza.