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António Costa considera “positiva” a disponibilidade do PCP para apreciação conjunta do Orçamento do Estado

António Costa considera “positiva” a disponibilidade do PCP para apreciação conjunta do Orçamento do Estado

O Secretário-geral do PS defendeu ontem que “há razões para se encarar com confiança” a próxima legislatura, no que respeita às premissas de estabilidade política e governativa, considerando como um sinal “positivo” a disponibilidade manifestada pelo PCP para fazer uma apreciação conjunta do Orçamento do Estado.
António Costa considera “positiva” a disponibilidade do PCP para apreciação conjunta do Orçamento do Estado

Falando no final da reunião que decorreu na sede do PCP, integrada na ronda de conversações entre o PS e os partidos da esquerda parlamentar, envolvendo também o PAN, António Costa afirmou que o PS irá procurar convergências no sentido de assegurar a estabilidade política necessária ao exercício de governação, respeitando a forma que cada partido entender ser a melhor para alcançar um possível entendimento e sem estabelecer preferências entre os interlocutores.

“Respeitamos os partidos que entendem que é útil que haja acordo escrito [Bloco de Esquerda] e também os partidos que entendem que não é útil que haja acordo escrito [PCP]. Não trabalharemos preferencialmente com nenhum dos partidos com quem temos contactos ao longo do dia de hoje [quarta-feira]”, declarou.

António Costa congratulou-se, também, por nenhuma das forças política com as quais o PS iniciou conversações “ter fechado a porta” ao diálogo, considerando como um indicador positivo a disponibilidade manifestada pelo partido de Jerónimo de Sousa.

“Nesta reunião, o que foi manifestado pelo PCP – e que consideramos positivo – é a disponibilidade para fazer a apreciação conjunta desde logo do Orçamento do Estado. Haver essa disponibilidade é um sinal positivo”, reforçou.

“O anterior quadro político colocava exigências a cada um dos partidos distintas em relação às condições que existem hoje, desde logo porque em 2015 era necessário afirmar uma maioria que não tinha resultado diretamente das eleições para haver uma indigitação de Governo”, lembrou, sublinhando as diferenças para o novo quadro político, reforçado com os resultados eleitorais de 6 de outubro.

“O Presidente da República indigitou-me na terça-feira para formar Governo. Portanto, acho que a diferença de quadro político explica a desnecessidade de alguns atos que tiveram de ter lugar há quatro anos”, sustentou, em referência à necessidade de se repetir, ou não, um acordo de entendimento escrito entre os partidos que estarão disponíveis para formar uma maioria parlamentar que viabilize o futuro governo.

“Seguramente haverá trabalho conjunto para o Orçamento do Estado [para 2020], onde procuraremos fazer como temos feito nos últimos anos. Faremos uma avaliação conjunta, tendo em vista que existam condições para a aprovação do Orçamento”, disse António Costa, sublinhando essa disponibilidade manifestada pelo PCP.

“Iremos prosseguir o caminho iniciado há quatro anos, consolidando o que foi alcançado e garantindo que não haverá qualquer tipo de retrocesso”, acrescentou.