home

Abrir um novo ciclo no país “com todos os portugueses”

Abrir um novo ciclo no país “com todos os portugueses”

No seu primeiro discurso como Secretário-Geral do PS no 24º Congresso Nacional do partido, Pedro Nuno Santos garantiu que a ambição dos socialistas é a de ganhar as eleições que se aproximam, regionais nos Açores, europeias, autárquicas e legislativas em 10 de março, deixando também a garantia de que o PS apoiará um candidato próprio às presidenciais, no que foi largamente aplaudido por todo o Congresso.

Publicado por:

Acção socialista

Ação Socialista

Órgão Nacional de Imprensa

O «Ação Socialista» é o jornal oficial do Partido Socialista, cuja direção responde perante a Comissão Nacional. Criado em 30 de novembro de 1978, ...

Ver mais

Notícia publicada por:

Pedro Nuno Santos

O Secretário-Geral do PS começou a sua intervenção no 24º Congresso Nacional do partido, este sábado, lançando rasgados elogios a António Costa e aos governos que liderou durantes os últimos oito anos, considerando que o PS tem hoje obra feita para apresentar ao país e aos portugueses. Aproveitou o momento para, em contrapartida, acusar o PSD e a direita de “ter um projeto vazio e vergonha do seu passado”.

Reconhecendo que “nem tudo foi bem feito” nestes oito anos de governos do PS, e que ainda “há problemas por resolver”, Pedro Nuno Santos não deixou, contudo, de defender que “são os socialistas e não a direita, que estão em melhores condições para resolver o que ainda falta resolver”.

Mas disse ter “um sentimento de grande orgulho” pelo trabalho feito nestes últimos oito anos pelos governos socialistas, lembrando que o PS tem dado sobejas provas de ser um partido que, “com humildade” perante os portugueses, sabe reconhecer o trabalho que falta fazer.

Lembrou depois que Portugal ainda se depara com uma economia “pouco sofisticada e pouco diversificada”, com reflexo, nomeadamente, nos salários relativamente baixos e “ainda longe do que os portugueses ambicionam”, voltando a garantir que o projeto de um partido socialista “é, por natureza, um projeto sempre inacabado”, reconhecendo que o PS não vira as costas ao “trabalho que falta fazer e aos problemas por resolver”.

Neste contexto, lembrou uma vez mais que “só erra quem faz, ou tenta fazer”, ao contrário da direita, “que nada faz e nada tenta”, especializando-se, sobretudo, como salientou, em “desfazer em vez de avançar”, insistindo que a direita “nunca aprende e nunca progride”, referindo que o PSD só se queixa dos atrasos que hoje existem nas obras da ferrovia, por exemplo, “porque há obra em curso”.

PSD oferece o vazio

Há para o líder socialista, há uma linha de demarcação evidente e indesmentível entre o PS e o PSD que importa realçar: “é entre os que decidem e fazem, que investem no progresso do país e aqueles que nunca passarão de antigos e ultrapassados velhos do Restelo”.

Lamentou, por isso, que o líder da direita, Luís Montenegro, insista em “esconder-se por trás do mito da AD”, garantindo, contudo, que os portugueses não esquecem o que disse e sobretudo o que defendeu enquanto líder parlamentar no Governo de Passos Coelho, “porque têm boa memória e não se deixam enganar com os seus malabarismos”.

A verdade, disse, “é que ninguém conhece o projeto de Luís Montenegro para o país”, e que ao fim de mais de um ano sob a sua liderança, o PSD apenas tem para oferecer aos portugueses “ideias vazias e sem visão”, acompanhadas por um “vazio de credibilidade, de experiência e, como todos já percebemos, um vazio de decisões”.

Pedro Nuno Santos apontou também aos dois partidos que nasceram para ocupar o vazio do PSD. Por um lado, a Iniciativa Liberal, que esconde “um projeto de transformação radical e individualista” na vida dos portugueses, e o Chega, que “não tem qualquer projeto sério para o país” ou “soluções para os problemas do povo”, apenas se alimentando dos medos e descontentamos, transformando-os “num discurso de ódio, numa retórica exaltada que nunca resolverá nenhum problema”.

Na parte final da sua intervenção o Secretário-Geral, Pedro Nuno Santos, voltou a garantir que o PS vai continuar a “ouvir os trabalhadores e os empresários”, que juntos, como salientou, “constroem a riqueza de Portugal”, não deixando de lado, como sempre aconteceu com os governos do PS, “os reformados e as justas aspirações dos jovens”.

“É com todos os portugueses que, enquanto Secretário-Geral do PS e candidato a primeiro-ministro, tenciono abrir um novo ciclo no país e garantir as respostas para os problemas que o país inteiro enfrenta e pelas quais não pode esperar mais tempo”, frisou.

Garantiu ainda que o PS vai “honrar a memória dos melhores Presidentes da República que Portugal já teve, Mário Soares e Jorge Sampaio”, avançando na altura certa “com um candidato próprio às presidenciais”.

ARTIGOS RELACIONADOS