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Memorando só previa privatização parcial da TAP

Memorando só previa privatização parcial da TAP

No jantar de Natal da distrital do PS/Porto, que decorreu em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, o secretário-geral do PS referiu-se aos vários “momentos de fantasia” que Pedro Passos Coelho teve no debate quinzenal na Assembleia da República.

António Costa desmentiu o primeiro-ministro sobre a privatização da TAP, explicando que “ao contrário do que diz o primeiro-ministro, o que estava no memorando de entendimento com a 'troika' não era a previsão de uma privatização a 100% da TAP. Não, o que estava no memorando de entendimento era que a TAP só seria privatizada parcialmente e nunca na sua totalidade”, garantiu.

Um segundo “momento de fantasia” do debate parlamentar foi quando o primeiro-ministro anunciou que Portugal está a recuperar de forma “sustentada e saudável”.

“A dívida, ao longo destes anos, aumentou 54 mil milhões de euros, 30 pontos percentuais. Ou seja, temos hoje uma dívida ainda maior do que a dívida alta que já tínhamos quando este Governo iniciou funções. Onde é que está a sustentabilidade que o Governo vê neste processo?”, questionou.

De facto, “maior fantasia do que o memorando de entendimento dizia sobre a TAP ou da recuperação sustentada e saudável, é o absoluto desconhecimento de qual é a situação efetiva das pessoas, das mulheres e dos homens, que existe em concreto em Portugal”.

“Quando o primeiro-ministro veio dizer que esta foi a crise que atingiu os grande banqueiros, mas que poupou o povo, este Governo está a desconhecer e a iludir aquilo que é a realidade fundamental de vida, do dia-a-dia dos portugueses, que, esses sim, são quem tem estado a pagar o esforço desta crise”, contestou.

António Costa criticou ainda o facto de o Governo de coligação PSD/CDS-PP, “perante o aumento do desemprego, emigração e pobreza”, ter dado como resposta “cortar nas prestações sociais e aumentar a injustiça social”.