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Governo do PS fez deste ano um “cemitério de todas as profecias apocalípticas”

Governo do PS fez deste ano um “cemitério de todas as profecias apocalípticas”

Eurico Brilhante Dias acusou hoje, no Funchal, Luís Montenegro de fazer “publicidade enganosa” quando espalhou “cartazes pelo país dizendo que o PS iria fazer um corte nas pensões”, e disse que o Governo, através das suas políticas certeiras, fez “um cemitério de todas as profecias apocalípticas”.

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Eurico Brilhante Dias

“O ministro da Economia hoje somou uma expressão que acho que vamos usar mais vezes. Nós, com esta maioria, com este Governo, fizemos deste ano um cemitério de todas as profecias apocalípticas. Foi possível ultrapassar, lado a lado com os portugueses, este momento difícil”, vincou o presidente da bancada socialista na sessão de encerramento das jornadas parlamentares do PS na Região Autónoma da Madeira.

Asseverando que “não há um partido socialista sem política de trabalho”, Eurico Brilhante Dias referiu que o PS se distingue “quer ideologicamente, quer politicamente da direita – e até da direita mais neoliberal –, porque somos a favor de um crescimento que não exclui um crescimento para todos, que tem de ter justiça social, tem de ser solidário e tem de promover a coesão territorial”.

“Somos um partido dos trabalhadores, somos um partido da justiça social”, salientou.

As jornadas parlamentares do PS serviram também para fazer um “lançamento do debate do Estado da Nação” e, segundo Eurico Brilhante Dias, é preciso dizer que “estamos a ultrapassar a crise, mas com crescimento – somos dos Estados-membros que mais cresce”.

O presidente do Grupo Parlamentar do PS criticou em seguida o presidente do PSD por ter “espalhado cartazes pelo país dizendo que o PS iria fazer um corte nas pensões”.

“A única coisa que podemos dizer a Luís Montenegro é que esses cartazes foram publicidade enganosa, quis enganar os portugueses. Os portugueses sabem quem cortou pensões e sabem quem era o líder parlamentar [do PSD] que não só aprovava esses cortes de pensões, mas que também achava que o país podia ser melhor quando os portugueses viviam pior”, frisou, numa alusão ao atual presidente do PSD.

Eurico Brilhante Dias alertou que é preciso afastar a narrativa da direita “de que Portugal está melhor, mas afinal não chega aos portugueses”. “Chega e está a chegar a cada um dos portugueses”, garantiu.

Três R’s: rendimentos, recursos e reformas

O líder parlamentar do PS assegurou depois que estas melhorias continuarão a chegar à vida dos portugueses se o Governo e o Grupo Parlamentar se centrarem nos “três R’s”: rendimentos, recursos e reformas.

“É preciso continuar a valorizar os rendimentos e, em particular, os rendimentos do trabalho na administração pública e no setor privado”, defendeu o dirigente socialista, que lembrou os incêndios de Pedrógão Grande para fazer uma ponte sobre a importância da gestão dos recursos.

“A gestão de recursos naturais da água, da floresta, das terras agrícolas, da orla costeira continua a ser um elemento central. A gestão dos nossos recursos naturais, perante aquilo que temos vindo a assistir nas alterações climáticas, tem de continuar a ser uma prioridade da ação governativa e do grupo parlamentar”, afiançou.

Relativamente às reformas, Eurico Brilhante Dias contrariou a tese de que o Governo do PS não reforma: “Sempre quiseram colar a ideia de que o Partido Socialista não fazia reformas. Enganam-se – a Agenda do Trabalho Digno é uma reforma, a lei das ordens é outra reforma, aquilo que fizemos e continuamos a fazer no setor económico, especialmente na área de inovação, investigação e desenvolvimento, resulta no maior grau de abertura da economia portuguesa”.

Num recado à direita, o líder parlamentar do PS atestou que aquilo que os socialistas não fazem é “uma equivalência entre reformas e cortes brutais de rendimento e nos serviços da administração pública”. “Isso não são reformas”, avisou.

No final da intervenção de Eurico Brilhante Dias, os deputados socialistas fizeram um minuto de silêncio pelas vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande de há seis anos.

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