home

Portugal tem sido aliado permanente na crise dos refugiados

Portugal tem sido aliado permanente na crise dos refugiados

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, destacou hoje em Lisboa o papel de Portugal como “um aliado permanente” na resposta à crise dos refugiados, elogiando a posição exemplar do país no quadro europeu sobre esta matéria.
António Guterres homenageado com nome do auditório do Museu do Côa

“Portugal tem sido um aliado permanente, defendendo, no quadro europeu, a plena assunção das responsabilidades da União Europeia e dos países europeus, tendo consciência que só num quadro de solidariedade europeia será possível dar uma adequada resposta a esta situação. Portugal tem sido impecável na expressão dessa solidariedade”, afirmou António Guterres, que esteve hoje em Lisboa para a inauguração da Reunião Internacional “Tidewater 2017”, coorganizada por Portugal e pela OCDE.

O líder das Nações Unidas observou ainda que Portugal “tem cumprido exemplarmente as suas funções e a legislação internacional de refugiados”, acrescentando que, “infelizmente, o mesmo não acontece em toda a parte, inclusivamente no quadro europeu”.

No final de um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, no Palácio das Necessidades, António Guterres reiterou também o apelo à comunidade internacional para “restabelecer a integridade do regime de proteção” para os refugiados e “para restabelecer as condições que permitam encontrar a proteção a que têm direito quando fogem de situações de conflito que são particularmente dramáticas”, como as que ocorrem neste momento no Médio Oriente e em vários pontos do continente africano.

O líder das Nações Unidas alertou ainda que a resposta humanitária às situações de fome nas regiões do mundo mais atingidas tem sido insuficiente para “responder integralmente ao desafio”, assinalando que a intervenção das agências da ONU e das ONG tem conseguido “evitar o pior” mas enfrentando fortes limitações logísticas, de financiamento e de segurança.

“O financiamento que foi solicitado está apenas assegurado a 40%, precisaríamos de fazer muito mais para responder integralmente ao desafio a que fazemos face”, considerou.

Durante o encontro que mantiveram, Augusto Santos Silva e António Guterres abordaram diversos temas relacionados com a próxima Assembleia Geral das Nações Unidas, nomeadamente no que concerne à reforma daquela organização, à crise do Golfo e à situação na Venezuela, na Líbia e na Síria.