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“Um Futuro com História”: Abertura das comemorações do 50º aniversário do PS

“Um Futuro com História”: Abertura das comemorações do 50º aniversário do PS

O PS celebra hoje, dia 19 de abril, o 50º aniversário. Fundado no exilio em 1973, na cidade alemã de Bad Münstereifel, o partido assume-se como estruturante da democracia portuguesa.

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50º aniversário do PS

Depois da homenagem a Mário Soares e a Maria Barroso esta manhã, as comemorações do quinquagésimo aniversário do PS prosseguiram com a sessão de abertura oficial, na sede nacional, que contou com a presença do Secretário-Geral, António Costa, e do presidente do partido, Carlos César, tendo na ocasião usado da palavra o Secretário-Geral Adjunto, João Torres, José Manuel dos Santos, coordenador das comemorações, a líder das Mulheres Socialistas, Elza Pais, e o Secretário-Geral da JS, Miguel Costa Matos.

A primeira intervenção coube ao ‘número dois’ da direção socialista, João Torres, que começou por lembrar o papel decisivo do PS na consolidação e na modernização da democracia portuguesa, considerando determinante o empenho dos socialistas na criação das bases do Estado de Direito democrático e do Estado social.

Para João Torres, sem o empenho corajoso do PS, a história da integração europeia de Portugal teria sido escrita de uma outra maneira bem distinta, sustentando que os socialistas foram igualmente decisivos na criação das políticas de solidariedade e de combate à pobreza.

João Torres enalteceu ainda o contributo dos socialistas na inovação e na modernização da economia do país, referindo que assinalar a história do PS “é evidenciar os valores da democracia em Portugal”.

Ligação com o passado e com o futuro

Para o coordenador das comemorações, José Manuel dos Santos, membro da Comissão Política dos socialistas, estas comemorações assinalam as “luzes e as sombras” da existência de um partido com uma história que “acompanhou a da democracia portuguesa”, assumindo-se “como uma força política determinante”.

De acordo com José Manuel dos Santos, o PS não foge à regra e, a exemplo das restantes “instituições humanas”, enfrenta as “luzes e as sombras” no seu quotidiano, sendo que as primeiras, como destacou, têm de servir de “inspiração, e as segundas de ensinamento”.

Voltou depois a sua atenção para o que considerou serem os “objetivos essenciais” do programa de comemorações, uma iniciativa, como referiu, que só vai terminar em dezembro de 2024, “quando se assinalar o centenário do nascimento de Mário Soares”, fazendo questão de recordar que estes 50 anos de história do PS têm de servir para que “todos nos lembremos dos momentos felizes e de unidade, mas também dos momentos dilacerantes e de divisão, das vitórias e das derrotas, das utopias e dos fracassos”.

José Manuel dos Santos lembrou depois muitos dos dirigentes que marcam a história do PS, elencando, entre outros nomes, os de Mário Soares, Francisco Salgado Zenha, Mário Sottomayor Cardia, Maria Barroso, António Lopes Cardoso, António Arnaut, Almeida Santos, Manuel Tito de Morais, Jorge Sampaio, já falecidos, mas também de muitos outros dirigentes “felizmente vivos”, como Vítor Constâncio, Manuel Alegre, António Guterres, Jaime Gama ou António Costa.

Para o também dirigente socialista, o PS, ao pôr em evidência a sua “ligação com o passado e com o futuro, ao dar ênfase à sua relação com a sociedade e com a cultura, está a dizer, como dizia Sophia de Mello Breyner Andresen, que a política sem cultura e sem moral é um edifício sem fundamento e sem firmeza”.

A sessão de abertura das comemorações foi antecedida pelo descerramento de uma placa alusiva na sede nacional, no Largo do Rato, e pela inauguração, também no espaço da sede nacional, da galeria de exposições ‘19 de Abril’ e da exposição ‘Os cartazes do Partido Socialista: uma história para o futuro’, com curadoria de José Manuel dos Santos e Pedro Marques Gomes, tendo sido ainda lançado, na ocasião, um selo oficial comemorativo.

Entre os eventos que vão assinalar o 50º aniversário do PS, ainda esta quarta-feira terá lugar um jantar comemorativo em Lisboa, no Pavilhão Carlos Lopes, lugar histórico do socialismo em Portugal, com as intervenções do Secretário-Geral, António Costa, de Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, e do antigo líder do PSOE, Felipe Gonzalez.

No dia 23, o Pavilhão Rosa Mota, no Porto, será palco de uma grande festa popular, com intervenções políticas de António Costa, do presidente da Internacional Socialista e líder do PSOE, Pedro Sánchez, e do presidente do Partido Socialista Europeu, Stefan Löfven.

O programa dos 50 anos da fundação do PS vai estender-se até 7 de dezembro de 2024, quando se assinalar o centenário do nascimento do primeiro líder, Mário Soares, percorrendo ainda a celebração dos 50 anos da democracia.

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