home

UE deve ser mais autónoma na produção de bens críticos

UE deve ser mais autónoma na produção de bens críticos

A União Europeia deve ter uma produção de bens críticos que lhe permita ser mais resiliente e autónoma, defende o ministro Pedro Siza Vieira.
UE deve ser mais autónoma na produção de bens críticos

“Precisamos de investimento e de incentivar a diversificação de cadeias e a produção na Europa de bens que vão ser cada vez mais críticos”, com o objetivo de “robustecer a resiliência e a capacidade de aguentar disrupções nas cadeias de valor global”, afirmou o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira.

Falando na conferência de imprensa com a vice-presidente da Comissão Europeia, Margrethe Vestager, realizada após a videoconferência informal dos Ministros da Competitividade (Mercado Interno e Indústria), Siza Vieira recordou que a pandemia de Covid-19 veio evidenciar algumas fragilidades em termos de acesso a matérias-primas e produção de bens críticos, nomeadamente no que concerne a equipamentos e materiais de combate e prevenção à Covid-19.

A União Europeia revelou dependência externa para garantir “um funcionamento regular das suas empresas e a manutenção de qualidade de vida dos seus cidadãos”, disse o ministro.

“Tivemos oportunidade de debater a questão a criação de condições equitativas de concorrência no nosso mercado interno”, revelou Siza Vieira, sublinhando que “a Europa é um continente aberto, no qual estão acessíveis produtos e serviços provenientes de outras regiões do globo”.

Assim, a Comissão Europeia vai “apresentar documentos relativos à criação de condições de concorrência equitativas no que respeita a distorções causadas por subvenções estrangeiras ou por não-conformidade de bens provenientes de países terceiros das regras ambientais, de segurança ou sociais que são observadas na Europa”, anunciou o governante.

O ministro de Estado e da Economia avançou, ainda, que a vice-presidente da Comissão Europeia, Margrethe Vestager, apresentou “os objetivos quantificados e as metas intermédias do 2030 Digital Compass”, por forma a “assegurar que a próxima década é uma década verdadeiramente digital na Europa. É um documento importante que nos dá a todos um caminho bem claro e uma forma de monitorizar o progresso nesta matéria”, salientou Siza Vieira.

Conforme o ministro explicou que o documento pretende contribuir para assegurar cadeias de abastecimento alternativas para garantir o funcionamento regular dos segmentos produtivos na União, caso haja dificuldades numa parte do mundo.

Nesse sentido, a Comissão Europeia “está a mapear como será possível diversificar cadeias de abastecimento para não estar dependente de um único fornecimento que, quando entra em crise, não se consegue suprir, e como se consegue reforçar a capacidade autónoma de produzir elementos que possam ser críticos”, concluir Pedro Siza Vieira.