“Torcer para que as coisas corram mal” no país revela desnorte da direita
A dirigente socialista reagia assim às declarações de Passos Coelho, na sexta-feira, na Academia Política Calvão da Silva, em Coimbra, quando o ex-primeiro-ministro referiu que PS, BE e PCP só se importam com cortes na despesa na saúde ou na educação quando o PSD é governo.
“Os pais do colossal aumento de impostos e da taxa de desemprego recorde, do convite à imigração” são aqueles que agora “nem sequer se congratulam” com os “resultados positivos” do país, disse Ana Catarina Mendes, lembrando, a título de exemplo, que na saúde a despesa aumentou nesta legislatura 1.300 milhões de euros, “depois de ter caído mais de mil milhões de euros” durante o Governo PSD/CDS.
Ana Catarina Mendes elencou ainda, como marcas da governação do PS, os salários que, “quer no setor público, quer no setor privado, melhoraram 7% nesta legislatura”, ou ainda a despesa no setor da educação, que caiu no governo de Passos Coelho e subiu com o atual governo.
“Diria mesmo que Pedro Passos Coelho, de cada vez que aparece, é para torcer que as coisas corram mal. A verdade é que os resultados da governação do PS estão aí”, disse.
Para a Secretária-geral adjunta do PS, as críticas que têm vindo a ser dirigidas ao atual governo, quer de Passos Coelho, quer pelo ex-Presidente da República, Cavaco Silva, quer ainda pelo líder do PSD, Rui Rio, mais não são do que uma prova do “desnorte da própria direita” e da sua “incapacidade de ter propostas para o país”.