Todos os profissionais das escolas e alunos do secundário vão ser testados

A estratégia de rastreio à Covid-19 nos estabelecimentos de ensino, para o reinício das atividades escolares, prevê a realização de um primeiro teste rápido de antigénio a todos os professores e restantes funcionários, assim como aos alunos do secundário, que se repetirá 14 dias depois nos concelhos com mais casos.

Esta é uma das orientações do ‘Programa de Rastreios laboratoriais para a SARS-CoV-2 nas creches e estabelecimentos de educação e ensino’, ontem divulgada pela Direção-Geral da Saúde (DGS), Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) e Instituto de Segurança Social (ISS).

De acordo com o programa de rastreio, o reinicio das atividades escolares presenciais, suspensas desde o final de janeiro, vai implicar a realização de um teste rápido de antigénio em amostras do trato respiratório superior a docentes e não docentes de todos os níveis de ensino – desde creches ao ensino secundário – assim como aos alunos do ensino secundário.

Depois do primeiro teste, será “adotada uma estratégia de rastreios periódicos nos concelhos com uma incidência cumulativa a 14 dias superior a 120/100.000 habitantes”. Assim, entre os professores e restantes funcionários escolares será feito um novo teste 14 dias após o primeiro, sendo os seguintes realizados com uma periodicidade inicial de 28 dias, ajustada para um intervalo entre 7 a 14 dias em função do número de casos na respetiva comunidade escolar. Entre os alunos do secundário, a metodologia e datas serão iguais.

No que respeita aos alunos, sendo menores de idade, os testes só podem ser realizados com autorização expressa e assinada dos encarregados de educação, “cujo registo deve ser assegurado pelos estabelecimentos de ensino”.

De fora deste plano de rastreio ficam os alunos mais novos, desde creches ao 3º ciclo, uma opção suportada nos indicadores de menor transmissibilidade em idades mais baixas, “pelo que a utilização de testes laboratoriais em programas de rastreios deve ser priorizada para os alunos mais velhos”.

Outra das regras a observar é que os testes sejam feitos a pessoas sem sintomas sugestivos de Covid-19, mesmo as que tenham sido já vacinadas, pelo princípio de precaução.

Caso o resultado dos testes antigénio sejam positivos, assume-se o diagnóstico de Covid-19 e aplicam-se os procedimentos previstos, sendo o isolamento das mesmas uma das tarefas atribuídas aos responsáveis escolares.

“Os resultados dos testes laboratoriais devem ser conhecidos em menos de 24 horas após a sua realização, de forma a isolar todas as pessoas com resultados positivos rápida e atempadamente”, refere ainda o plano de rastreio

Recorde-se que o Governo aprovou em Conselho de Ministros, realizado no último fim de semana, uma resolução que permite às escolas e ao setor solidário gastar 19,8 milhões de euros na realização de testes rápidos de antigénio para preparar “a reabertura gradual e sustentada das atividades presenciais”.

Na próxima quinta-feira, o Governo prevê apresentar o plano de desconfinamento, sendo que o executivo de António Costa tem defendido que as escolas deverão estar na primeira linha de reabertura, começando pelos níveis de ensino dos alunos mais novos – creches e 1º ciclo.