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TAP: Relatório da IGF clarifica que Governo tomou as decisões que tinha que tomar

TAP: Relatório da IGF clarifica que Governo tomou as decisões que tinha que tomar

O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS Carlos Pereira referiu que “ficou claro” no relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) que “havia responsabilidades do ponto de vista da gestão” sobre a indemnização e saída de Alexandra Reis da TAP, e que “o Governo tomou as decisões que tinha que tomar”.

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Carlos Pereira

A IGF concluiu que o acordo celebrado para a saída de Alexandra Reis da TAP é nulo, revelou ontem o Governo, que vai pedir a devolução da indemnização e exonerou o presidente do Conselho de Administração e a presidente executiva da TAP, tendo escolhido Luís Silva Rodrigues, que atualmente lidera a Sata, para assumir ambos os cargos.

“Ficou claro que havia responsabilidades do ponto de vista da gestão, da forma como a indemnização foi feita e na forma como a saída de Alexandra Reis foi construída e o Governo tomou as decisões que tinha que tomar”, declarou o socialista à comunicação social.

Relativamente à nomeação de Luís Silva Rodrigues, Carlos Pereira mencionou que dará continuidade e prosseguirá “o trabalho que tem sido feito”, destacando os “bons resultados” da atual gestão.

O coordenador dos deputados do PS na Comissão de Inquérito sobre a companhia aérea defendeu que “isto é muito importante para o tempo que a TAP precisa e a serenidade que a TAP precisa neste momento difícil que está a passar, extraordinário, muito desafiante”.

Carlos Pereira comentou em seguida que o PSD “não gostou do relatório da IGF”: “Tinha uma espécie de ideia de que o relatório da IGF os ajudava a fazer oposição bem feita, coisa que não têm feito e, portanto, como o relatório da IGF não segue aquilo que são as intenções dos partidos da oposição, então desataram a procurar outras responsabilidades”.

O socialista vincou que o relatório não acrescenta nenhuma outra informação que “possa levar a outras responsabilidades políticas”.

Comissão de inquérito ainda não recebeu todos os documentos

Sobre a Comissão de Inquérito, Carlos Pereira lembrou que existem “ainda algumas perguntas que não foram respondidas”. “Os documentos ainda não foram todos recebidos” e o relatório da IGF “era um documento central, mas ainda há outros que foram solicitados e que não foram recebidos”, sustentou.

O vice-presidente da bancada do PS referiu-se ainda ao “impacto que a compra dos aviões teve no plano de reestruturação” da TAP.

“Aquela compra dos aviões que tem sido noticiada, feita no quadro da privatização e que fez com que o ator privado, o privado que [o Governo] PSD e CDS encontrou para tomar conta da companhia, no fundo, tenha comprado a companhia com dinheiro da própria empresa. Isto merece também uma análise. Acho que temos aqui matéria para, no quadro da Comissão Parlamentar de Inquérito, clarificar e ajudar a que de uma forma rápida e com um grande sentido de responsabilidade, permitir devolver a confiança que é preciso ter nesta empresa”, disse.

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