“Acredito que esta decisão do Ministério da Saúde, com base nos estudos apresentados, é a melhor escolha, pois servirá toda a região e a população e é o garante do futuro das melhores condições de saúde para este território”, defendeu o presidente da FRO, Brian Silva, em comunicado.
O ministro Manuel Pizarro anunciou ontem que a nova unidade hospitalar da região vai ser construída na Quinta do Falcão, no Bombarral, num prazo estimado de cinco anos, tendo afirmado que a população do Oeste passará a ser servida, como merece, por “um hospital muito mais diferenciado e de muito maior dimensão”.
Isto, acrescentou o governante, “só é possível transformando o atual centro hospitalar, com várias unidades dispersas em várias cidades, num único edifício que tenha um certa centralidade e que permita essa concentração” de serviços e a “diferenciação técnica do hospital”, destacando ainda que a localização tem em conta a acessibilidade rodoviária, “a dois minutos da autoestrada 8 e a menos de quatro minutos de uma estação de caminho-de-ferro”.
A decisão foi comunicada aos 12 municípios da Região Oeste, no final de uma reunião com os autarcas, realizada na sede da Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim), nas Caldas da Rainha. A previsão é de que o estudo esteja concluído até outubro, após o que será anunciado o lançamento do concurso para o projeto, de acordo com “o sistema de financiamento economicamente mais vantajoso”.
“O papel dos políticos e dos autarcas desta região é agora unir esforços para a concretização deste edifício tão fundamental no Oeste”, refere o comunicado dos socialistas, enaltecendo o facto de a decisão ter sido tomada “com base nos vários estudos e análise técnica da comissão”.
A FRO sublinha ainda que a petição ‘Um Hospital para todo o Oeste’, que recolheu mais de 29 mil assinaturas em apenas duas semanas, “defende a solução apresentada hoje [terça-feira] pelo ministro” e que “coincide com o estudo concursado pela OesteCim, de que a distância do hospital deverá estar num local central da Região Oeste para que a população percorra o menor percurso de tempo para aceder aos cuidados de saúde pública”.
Neste sentido, reforçam os socialistas, “é urgente um novo edifício hospitalar para protagonizar as tão esperadas condições para toda a região”, que “não pode continuar mais com um Centro Hospitalar que não apresenta condições para os utentes, nem para os profissionais de saúde”.
Em novembro de 2022 a Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim) entregou ao ministro um estudo encomendado à Universidade Nova de Lisboa para ajudar o Governo a decidir a localização, documento que apontava o Bombarral como a localização ideal.
O novo hospital irá substituir o atual Centro Hospitalar do Oeste (CHO), que integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, tendo uma área de influência constituída pelos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.
A nova unidade vai ter cerca de 480 camas e praticamente todas as especialidades médicas em adição às que já existem nos três hospitais do CHO, entre as quais, urgência de psiquiatria e um laboratório de hemodinâmica para os exames de intervenção cardíaca urgentes.
A tutela deixou ainda a garantia, sem prejuízo do novo projeto hospitalar, de investir, desde já, na melhoria das condições das duas unidades das Caldas da Rainha e de Torres Vedras, bem como de constituir um grupo de trabalho, com a colaboração dos municípios, para dar uma utilização futura àqueles equipamentos, nomeadamente no que respeita a serviços de proximidade, meios complementares de diagnóstico e terapêutica, medicina física e de reabilitação, bem como novas repostas ao nível de cuidados continuados.