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“Soares é fixe. Até sempre, Mário Soares”

“Soares é fixe. Até sempre, Mário Soares”

Portugal perdeu o pai da Liberdade e da Democracia, a personalidade e o rosto que os portugueses mais identificam com o regime nascido a 25 de Abril de 1974, “O dia inicial inteiro e limpo/ Onde emergimos da noite e do silêncio”, de que falava a sua amiga Sophia e pelo qual tanto se bateu Mário Soares ao longo de toda a sua vida. Combate que o moveu até ao fim.
“Soares é fixe. Até sempre, Mário Soares”

Com o seu desaparecimento, o Partido Socialista acaba de sofrer a maior das perdas imagináveis, a sua maior referência, o fundador e militante nº1, figura maior e indelével do socialismo democrático português e europeu, Mário Alberto Nobre Lopes Soares. O nosso muito querido camarada Mário Soares.

Este é um momento de profunda dor para todos os socialistas, que sabemos partilhada por tantos e tantos portugueses, que reconhecem em Mário Soares uma figura maior da nossa Democracia.

Sobre todos e sobre cada um dos socialistas portugueses fica a imensa responsabilidade de saber estar permanentemente à altura do legado deste gigante do socialismo democrático, da Democracia e da Liberdade. Mário Soares continuará a ser uma referência incontornável, um exemplo e um motivo de orgulho para todos nós. É sentidamente que o dizemos, num momento tão difícil como este: Mário Soares estará connosco para sempre.

Antes e depois do 25 de Abril, na resistência à ditadura e a todas as tentativas totalitárias, e até ao fim da sua vida, Mário Soares foi sempre um incansável combatente pela Liberdade e pela Democracia em Portugal, sofrendo na pele a perseguição, a prisão e o exílio impostos pela ditadura.

Foi um grande servidor da causa pública, como deputado, eurodeputado, ministro, primeiro-ministro e Presidente da República, cargo cuja forma como exerceu moldou para sempre a maneira como os portugueses olham para a função presidencial, sabendo ser sempre o Presidente de todos os portugueses.

Foi também Mário Soares que esteve na génese da adesão de Portugal à então CEE, tendo anos depois sido assinado o tratado de adesão, em 1985, em cerimónia realizada no Mosteiro dos Jerónimos e que faz parte da nossa memória coletiva.

Mário Soares é uma figura ímpar e inesquecível da História de Portugal, um combatente pela conquista da Liberdade e pela consolidação da Democracia.

À sua família, em particular aos seus filhos João e Isabel e aos seus netos, e a todos os seus muitos amigos e camaradas, o Partido Socialista apresenta os mais sentidos votos de pesar, neste momento tão difícil que todos partilhamos.

Como será certamente partilhado por todos os socialistas, “Soares é fixe”.

Até sempre, Mário Soares.