“Foram mais 50.000 [cirurgias] do que no recorde que tinha sido alcançado anteriormente”, afirmou o governante, à margem de uma visita às obras de construção do Hospital Central do Alentejo, na passada quinta-feira, em Évora.
“Nós sabemos que estamos a produzir mais cuidados de saúde, mas também sabemos que houve adiamentos naturais no período mais difícil da pandemia e que há mais necessidades de saúde e, portanto, isso também obriga a que haja mais atividade”, disse, acrescentando ser agora importante conseguir “um equilíbrio”, consolidando “o aumento da nossa capacidade de resposta”.
Acompanhado pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, o titular da pasta da Saúde visitou as obras do novo Hospital Central do Alentejo, cuja conclusão se prevê para o final de 2023 ou início de 2024.
Atrair profissionais com o “mais moderno na medicina”
O projeto do novo hospital envolve um investimento total de cerca de 210 milhões de euros, já que aos cerca de 180 milhões da construção, dos quais 40 milhões de euros são financiados por fundos comunitários, se juntam perto de mais 30 milhões para equipamento de tecnologia de ponta, ainda que “as atuais circunstâncias”, como a crise provocada pela pandemia, a guerra na Ucrânia e a atual crise inflacionária possam conduzir a um ajuste no valor final do investimento.
“O que eu quero garantir é que não há constrangimento orçamental que limite ou impeça o desenvolvimento da obra no seu calendário próprio”, assegurou o governante.
Manuel Pizarro considerou decisivo para a região do Alentejo possuir “um hospital central com adequada diferenciação tecnológica” e admitiu ser “muito entusiasmante” ver a “obra a caminhar em passos muito seguros e muito determinados”.
“Eu não tenho nenhuma dúvida que este hospital vai atrair mais profissionais”, até porque a unidade terá “um equipamento mais diversificado” e “tudo o que há de mais moderno na medicina”, afiançou o ministro, salientando que esta é uma obra “muito importante para os alentejanos” e também “para o conjunto do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.
Situada na periferia da cidade de Évora, a futura unidade hospitalar vai ocupar uma área de 1,9 hectares, estando previsto que tenha uma capacidade de 351 camas em quartos individuais, que pode ser aumentada, em caso de necessidade, até 487.
Com 30 camas de cuidados intensivos/intermédios e 15 de cuidados paliativos, a nova unidade vai ter, entre outras valências, 11 blocos operatórios, três dos quais para atividade convencional, seis para ambulatório e dois de urgência, cinco postos de pré-operatório e 43 postos de recobro.