“Sindicatos fazem parte do ADN da democracia”
“Para o PS, os sindicatos fazem parte do “ADN” da nossa democracia. E os sindicatos são tão ou mais importantes quanto sejam capazes de encontrar as melhores soluções para cada um dos setores, para cada um dos nossos trabalhadores.”, afirmou a Secretária-geral adjunta, Ana Catarina Mendes.
No discurso proferido no jantar Tendência Sindical Socialista, realizado na cidade Invicta na véspera do 1º de Maio, a dirigente socialista salientou a importância das relações entre os parceiros sociais, pois, “só o diálogo e só a concertação traz soluções”.
A secretária-geral adjunta destacou o papel do PS enquanto aliado do movimento sindical, nomeadamente durante a atual legislatura, o que contribuiu para a criação de 350 mil empregos, recuperar os rendimentos dos trabalhadores e aumentar o salário mínimo nacional.
“O Partido Socialista, ao longo destes três anos e meio não abdicou nunca de estar convosco em todos os momentos (…) a acompanhar os anseios, os desígnios e a vontade de construirmos um mundo do trabalho com direitos e com mais dignidade”, referiu.
Ana Catarina Mendes desmistificou os atropelos aos direitos fundamentais feitos em nome de um alegado “direito à greve”.
“O querer bloquear o país, o querer bloquear setores vitais como o acesso à saúde em nome de uma greve cirúrgica não é respeitar o direito à greve, é, sim, atacar uma população que não pode ser atacada, que é aquela que mais necessita, por exemplo, do acesso à saúde”, defendeu.
É irónica a preocupação de quem convidou os jovens a emigrar
Ana Catarina Mendes teceu, ainda, duras criticas à direita e sublinhou as contradições do maior partido da oposição, suscitando algumas questões sobre os resultados das suas políticas e da atuação quando esteve no poder.
“Quanto é irónico ouvir hoje o PSD dizer que a sua principal preocupação nestas eleições europeias é o desemprego jovem. Então não foi o PSD que convidou os nossos jovens a emigrar. Não foi o PSD que atingiu a taxa mais alta de desemprego dos jovens, 34% em 2015”, questionou Ana Catarina Mendes.
A dirigente socialista recordou que os partidos que apoiaram e integraram o anterior Governo “entregaram em 2015 um programa de estabilidade em Bruxelas que previa que, em 2018 e 2019, a taxa de desemprego em Portugal seria de 11% e que trabalhariam para que essa fosse a taxa”. Porém, em resultado das políticas do Governo liderado por António Costa, “nós hoje temos uma taxa de desemprego de 6,4%”, salientou.
Para a Secretária-geral adjunta é igualmente “irónico” ouvir o PSD referir-se a um programa europeu de saúde.
“Será que o PSD está tão distraído que não percebeu que Portugal está hoje a dar cartas no plano europeu no combate ao cancro, unindo a nossas universidades, os nossos centros de investigação, os nossos hospitais, a nossa massa crítica. Será que não percebem que depois do ataque que fizeram, sem precedentes, ao Serviço Nacional de Saúde, foi o Partido Socialista que voltou a investir no Serviço Nacional de Saúde com mais nove mil profissionais de saúde”, interrogou, em jeito de exclamação.
Neste encontro que reuniu o movimento sindical como forma de assinalar o Dia do Trabalhador participaram, entre outros, o presidente da federação do Porto, Manuel Pizarro, e o cabeça de lista do PS às eleições europeias, Pedro Marques.