Rondão de Almeida: “Aqueles que falam tanto em reformas necessitavam de ter um quarto da …

O presidente da Câmara Municipal de Elvas, Rondão de Almeida (PS), acusou hoje o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, de pretender “acabar” com o TGV, projecto pelo qual os alentejanos levaram “décadas a sonhar”.

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“É extremamente lamentável ver o líder do maior partido [da oposição] ter como maior bandeira da sua campanha vir a acabar com o projecto de todos nós alentejanos, que levámos décadas a sonhar. Aquilo que eles pretendem com a história do TGV é que os alentejanos tenham que esperar tanto tempo pelo TGV como esperaram pela barragem do Alqueva”, disse, num almoço-comício em Elvas.
Perante uma plateia de apoiantes socialistas reunidos num pavilhão do Centro de Negócios Transfronteiriço, o autarca acrescentou: “Isso eles querem parar e só por isso deviam ter um voto de repúdio por terem o descaramento de quererem parar o único investimento de volume feito para Portugal”.
Numa longa e inflamada intervenção, Rondão de Almeida desfiou uma longa lista de agradecimentos a José Sócrates pelo seu legado na chefia do Governo – “aqueles que falam tanto em reformas necessitavam de ter um quarto da coragem que tu José Sócrates tiveste”, chegou a afirmar.
Entre outras, o autarca referiu os avanços na área da educação, apontando que, quando Sócrates assumiu a chefia do Governo, o ponto de partida eram “escolas dos anos 50, com as turmas a trabalhar em regime de desdobramento, mapas antigos como material didáctico e quadros de ardósia”.
Ainda em matéria de educação, Rondão de Almeida aproveitou para criticar Passos Coelho pelos seus reparos ao programa Novas Oportunidades: “Enquanto uns tiveram a preocupação de vos abrir essa janela de oportunidades, o líder da oposição aquilo que vos chama é que os meus amigos são tudo uma cambada de ignorantes”.
Mas o “antes e o agora” do autarca socialista foi mais longe.
“As reformas de José Sócrates chegaram ao ponto de hoje, quando estava a tomar banho disse para a minha mulher: ´Conceição, já não gastamos um cêntimo em gás´. Porquê? Por causa da placa solar cujo incentivo deu a todos para podermos poupar nas energias e na nossa carteira”, relatou.