Retomar o investimento na saúde é vital para projetar o futuro
Segundo Adalberto Campos Fernandes, pretende-se retomar “progressivamente” os níveis de autonomia organizacional, “invertendo a centralização” da época do resgate financeiro ao país.
Na ocasião, Campos Fernandes sublinhou que tal autonomia vai permitir realizar substituições de trabalhadores ausentes do serviço ou doentes e aquisições sem passar pela tutela.
E porque a qualidade do Serviço Nacional de Saúde é vital, o ministro apresentou uma comissão que vai fazer um livro branco que o “projete para o futuro”
Esta, frisou o governante, é “uma questão de Estado e de regime”.
De referir que o estudo apresentado evidencia a necessidade de o sistema de saúde português reverter a centralização que se registou durante a crise financeira, voltando a lidar com as famílias mais pobres, com o desemprego e com a pobreza infantil.
Neste âmbito, o titular da pasta da Saúde salientou ainda a contratação progressiva de enfermeiros, apontando que, apesar de o número ainda estar longe do ideal, foram contratados 3000 enfermeiros nos últimos dois anos.
Adalberto marques Fernandes expressou ainda o objetivo de retomar o investimento na saúde e ter bons serviços públicos, acrescentando que só é possível fazê-lo com “contas públicas rigorosas e equilibradas”.
Revalorização e reconhecimento da profissão de enfermagem
Entretanto, o ministro da Saúde declarou que a aprovação do suplemento remuneratório devido aos trabalhadores com a categoria de enfermeiro que desenvolvam o conteúdo funcional reservado aos enfermeiros especialistas é “um passo importante na revalorização e reconhecimento da profissão de enfermagem”.
Na conferência de Imprensa que se seguiu à mais recente reunião de Conselho de Ministros, Adalberto Campos Fernandes destacou o esforço do Governo em acompanhar os processos de revalorização remuneratória e de requalificação, reconhecendo o “papel fundamental que os enfermeiros representam no SNS”.
“Com a aprovação deste decreto-lei reconhece-se a mais-valia e responsabilidade que resulta da competência científica, técnica e humana para prestar cuidados de enfermagem especializados nas diferentes áreas de especialidade”, pode ler-se no comunicado do Conselho de Ministros.
Por seu lado, o titular da pasta da Saúde lembrou que a “aprovação deste suplemento dá cumprimento ao compromisso assumido em outubro de 2017”, indicando também que estão em curso as mesas negociais que permitem “uma revisão mais sustentada daquilo que é a carreira dos profissionais de enfermagem”.