Responsabilizar o atual Governo revela “descaramento” de quem criou o problema
“Teve o descaramento de responsabilizar o atual Governo pelos problemas do Banif, quando foi o anterior Governo que andou muitos anos a empurrar os problemas com a barriga”, deixando o problema do Banif arrastar-se “irresponsavelmente, sem nada fazer”, pelo menos durante dois anos, “por razões eleitoralistas”, criticou.
O porta-voz do PS para as questões financeiras lembrou, depois, que foi o atual Executivo socialista quem teve de ser chamado a resolver mais esta herança deixada pela governação da direita.
“O Governo veio resolver o problema criado por Passos Coelho e foi disto que Passos Coelho convenientemente se esqueceu”, criticou João Galamba, ironizando que não deixa de ser curioso que o líder do PSD “acuse o PS de irresponsabilidade quando ele próprio é o culpado desta acusação”.
João Galamba lembrou ainda que os produtos “que causaram problemas aos lesados do Banif lhes foram vendidos quando o banco era público”, durante o Governo PSD/CDS.
“É bom que nos lembremos das mentiras e do empobrecimento que nos trouxeram”
Também a Secretária-geral adjunta socialista, Ana Catarina Mendes, comentou este domingo as palavras do presidente do PSD, não só sobre a questão dos lesados do Banif, mas lembrando também o legado que a governação de direita deixou ao país.
“Quando esta tarde Passos Coelho diz no Funchal que é o Partido Socialista que está a vender ilusões, que afinal de contas o PSD não teve nenhuma responsabilidade no empobrecimento e que até se atreve a dizer que não enganou os lesados do BANIF, é bom que nestas eleições nos lembremos das mentiras que foram ditas e do empobrecimento que nos trouxe o PSD e o CDS”, afirmou a dirigente socialista, durante a apresentação dos candidatos do PS aos órgãos autárquicos de Santa Comba Dão.
“Não nos esqueçamos que Portugal, com o PSD e com o CDS, recuou aos anos 60 da emigração, aos anos 80 na economia, aos anos 90 naquilo que é a nossa inovação e a nossa qualificação”, referiu, sublinhando a mudança de políticas que a governação socialista imprimiu no país, assente em prioridades comuns para o próximo ciclo do poder local.
“Para os socialistas, a qualificação, o emprego e o desenvolvimento da economia são uma prioridade nas autarquias locais e no governo central”, sustentou a Secretária-geral adjunta do PS.