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Reivindicações dos guardas prisionais não devem castigar quem está detido

Reivindicações dos guardas prisionais não devem castigar quem está detido

A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, garantiu que o Executivo está a trabalhar para melhorar as condições dos guardas prisionais, que realizaram uma greve de quatro dias, assinalando que a melhor forma de apresentar reivindicações profissionais não deve passar por “castigar ou criar dificuldades” a quem está detido, em posição de maior fragilidade.
Reivindicações dos guardas prisionais não devem castigar quem está detido

“Acho que a prática de castigar ou criar dificuldades a quem lá está, no interior da prisão, não é a melhor forma de reagir contra a ação do Governo”, afirmou ontem a ministra, aludindo ao protesto de vários detidos do Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL) por não terem tido visitas devido à greve dos guardas prisionais.

Reconhecendo as “condições difíceis” em que trabalham os guardas prisionais, Francisca Van Dunem lembrou que este grupo profissional foi “o primeiro com quem o Ministério começou a trabalhar” e que esse trabalho vai continuar.

“Estamos a trabalhar e esperamos que os guardas prisionais tenham compreensão de que é um trabalho para melhorar as suas condições”, sublinhou a governante, lembrando que algumas das reivindicações “podem ser satisfeitas e outras, porque têm um impacto financeiro muito pesado, não podem”.

Van Dunem deixou também uma mensagem de “sossego e apaziguamento” para os detidos e seus familiares, garantindo estar a trabalhar para eliminar “todos os constrangimentos” que estão a impedir a normalidade das visitas, acrescentando que em relação à ala do EPL em que se verificou o protesto, as visitas já irão decorrer de forma regular neste sábado.