Reivindicações dos guardas prisionais não devem castigar quem está detido
“Acho que a prática de castigar ou criar dificuldades a quem lá está, no interior da prisão, não é a melhor forma de reagir contra a ação do Governo”, afirmou ontem a ministra, aludindo ao protesto de vários detidos do Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL) por não terem tido visitas devido à greve dos guardas prisionais.
Reconhecendo as “condições difíceis” em que trabalham os guardas prisionais, Francisca Van Dunem lembrou que este grupo profissional foi “o primeiro com quem o Ministério começou a trabalhar” e que esse trabalho vai continuar.
“Estamos a trabalhar e esperamos que os guardas prisionais tenham compreensão de que é um trabalho para melhorar as suas condições”, sublinhou a governante, lembrando que algumas das reivindicações “podem ser satisfeitas e outras, porque têm um impacto financeiro muito pesado, não podem”.
Van Dunem deixou também uma mensagem de “sossego e apaziguamento” para os detidos e seus familiares, garantindo estar a trabalhar para eliminar “todos os constrangimentos” que estão a impedir a normalidade das visitas, acrescentando que em relação à ala do EPL em que se verificou o protesto, as visitas já irão decorrer de forma regular neste sábado.