Regiões autónomas passaram de inexistentes a estratégicas na política externa
“Estamos hoje aqui para discutir o reforço da posição geoestratégica e geopolítica dos Açores e da Madeira. Não posso estar mais de acordo, mas permitam-me, porque se impõe perguntar: a situação hoje é ou não completamente diferente daquela que se vivia há três anos?”, questionou. “Há três anos, o que fazia o Governo da República de então quanto às regiões autónomas?”, indagou ainda, para responder: “Nada”.
Lara Martinho garantiu que a situação mudou muito com este Governo da República. “Acima de tudo mudou porque este Governo respondeu à questão fundamental do que podemos fazer com estes valiosos ativos”, explicou. “E respondeu em múltiplas dimensões, implementando políticas com uma visão orientada para o futuro, em articulação com os governos regionais, procurando garantir o protagonismo dos Açores e da Madeira em projetos estratégicos nacionais, contribuindo assim para a afirmação de Portugal no mundo”, revelou.
A socialista lembrou ainda que pela vez os portos das regiões autónomas aparecem numa estratégia nacional portuária. “Foi com este Governo, porque com o Governo do PSD / CDS os portos regionais nem existiam na estratégia nacional”, frisou. “É também este governo do PS que valoriza a posição geoestratégica, reconhece o contributo das nossas regiões para a extensão da plataforma continental portuguesa”, acrescentou.
A parlamentar salientou ainda a aposta no domínio da defesa e da segurança atlântica. “Assistimos cada vez mais à integração do potencial das nossas regiões nos grandes projetos estratégicos nacionais”, afirmou. “Nesta legislatura demos um passo gigante”, reconheceu, garantindo que este trabalho não está, porém, concluído. “Se é certo que nunca antes houve uma valorização tão concreta, tão transversal, tão estratégica como há hoje, também é certo que temos de continuar a criar oportunidades que se adequem e reforcem as capacidades próprias de cada região autónoma”, defendeu. “Temos de continuar a promover uma articulação cada vez maior, alargando-a a outras áreas, como a promoção turística, a aposta na internacionalização das nossas empresas e acima de tudo potenciar os Açores e a Madeira na projeção externa junto da NATO e da União Europeia”, sugeriu.
“O PS, como sempre, estará na linha da frente da valorização do Portugal Atlântico, que é como quem diz na defesa dos Açores, na defesa da Madeira”, prometeu.