Quase 800 escolas abertas para acolher alunos e garantir refeições
Estas 800 escolas serão a exceção, funcionando como estabelecimentos “de referência” para acautelar as necessidades extraordinárias das famílias, à decisão de interromper as atividades letivas em todos os estabelecimentos de ensino, uma das medidas avançadas pelo Governo para prevenir e controlar a disseminação do novo coronavírus.
Já na passada sexta-feira, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, avançara a intenção do Governo em envolver as respostas sociais locais, articulando o diálogo entre as escolas e as autarquias, para acautelar as melhores soluções para os alunos cuja refeição escolar é indispensável.
“Sabemos que não são muitos os alunos nessa situação. O que pedimos às direções das escolas e estamos a trabalhar para, de certa forma, poder acautelar essa resposta, é que trabalhem com as respostas sociais que existem, com as autarquias, para identificar casos que possam existir, situações excecionais, em que a refeição escolar é absolutamente essencial”, disse o ministro, no final de uma reunião com os representantes da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) e da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE).
“Não consigo precisar de quantos alunos estamos a falar. Sei que numa pausa letiva no ano passado tivemos 50 mil refeições, que devem ser divididas pelas 5.200 escolas que o país tem”, disse o ministro, estimando que “sejam poucas as escolas em que o número de alunos a necessitar dessas refeições atinjam a dezena de casos”.
Tiago Brandão Rodrigues referiu-se ainda à atividade dos professores e pessoal não docente durante o período de suspensão das aulas.
“Acreditando muito na autonomia das escolas, lançámos um conjunto de orientações relativamente a questões administrativas, pedagógicas e curriculares para serem acauteladas e pedimos às direções das escolas que exista, pelo menos, uma equipa em cada uma delas para assegurar a vigilância e a manutenção”, explicou o governante.
“Nunca nos podemos esquecer de que temos o dia depois de tudo isto acabar e as escolas têm de ser mantidas, têm de estar seguras e há também os procedimentos administrativos que, pelo menos por agora, não podem ser feitos remotamente e também para assinalar de situações excecionais, como as refeições escolares”, afirmou.