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PSD quer reescrever história do Banif para salvar personagens que muito prejudicaram o país

PSD quer reescrever história do Banif para salvar personagens que muito prejudicaram o país

O presidente do Grupo Parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, considerou ontem que a carta que o PSD enviou ao primeiro-ministro para esclarecer as declarações do ex-governador do Banco de Portugal Carlos Costa é uma “tentativa de reescrever a história” e de lançar uma “cortina de fumo” para esconder que os social-democratas não têm uma alternativa orçamental à proposta pelo Governo.

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Eurico Brilhante Dias

“Mais uma vez, o PPD/PSD tenta reescrever a história” de forma a tentar “livrar-se das suas responsabilidades e, em particular, das suas responsabilidades no caso do Banif”, frisou Eurico Brilhante Dias em declarações à comunicação social depois de o PSD ter dirigido ao primeiro-ministro 12 perguntas para esclarecer as declarações de Carlos Costa quer sobre a resolução do Banif, quer sobre o afastamento da empresária Isabel dos Santos do BIC.

O líder parlamentar do PS recordou que “o Banif foi um banco à beira da liquidação que, a 26 de novembro, depois de tomar posse, o Governo liderado por António Costa teve que resolver de forma urgente” – em apenas um mês – “para garantir a estabilidade do sistema financeiro português até ao fim do ano de 2015”.

“O Governo de Passos Coelho, com Vítor Gaspar e Maria Luís Albuquerque, teve anos para resolver este problema”, mas foi o executivo de António Costa que teve de o fazer logo após tomar posse, salientou.

Eurico Brilhante Dias mencionou a carta do então governador do Banco de Portugal, enviada a 4 de dezembro, que referia que “o Banif se encontrava na iminência de ser liquidado em 2016”. Nesta missiva, Carlos Costa dizia “que se o banco for liquidado pelo mecanismo único de resolução em 2016, os depositantes, os particulares e as micro, pequenas e médias empresas com mais de cem mil euros na conta poderiam ser chamados a pagar a liquidação e, eventualmente, a resolução do banco”, lembrou.

O Governo PSD/CDS-PP tem várias responsabilidades, como destacou Eurico Brilhante Dias: “A responsabilidade da circunstância de meter dinheiro público num banco que não tinha condições de viabilidade – como alertava a Comissão Europeia; a responsabilidade de adiar continuamente o problema até às eleições, não o tendo resolvido antes, empurrando com a barriga para a frente; a circunstância de ter, a partir de janeiro de 2016, o mecanismo único de resolução a poder liquidar o banco com impacto nos depósitos dos portugueses, com todo o efeito que isso teria nos outros bancos do sistema financeiro português”.

Para o presidente da bancada socialista, “é absolutamente lamentável que queiram reescrever a história procurando que os portugueses não tenham memória do que foi a circunstância do Banif” e tentando “salvar algumas personagens que no passado recente, através dos seus atos, mas também das suas omissões, muito prejudicaram o país”.

“Aquilo que o PPD/PSD faz hoje é também criar mais uma cortina de fumo que procura limpar autenticamente o cadastro do Governo PPD/PSD/CDS-PP em cima da discussão do Orçamento do Estado para 2023 e tapar aquilo que é evidente para os portugueses – o PPD/PSD não tem uma alternativa orçamental àquela que é proposta pelo Governo”, assegurou.

Sublinhando que o “assunto Banif é autenticamente cadastro do PPD/PSD/CDS-PP”, Eurico Brilhante Dias reafirmou que há também “uma nova frente de combate contra o PS e contra este Governo em que estão a ser usados todos os instrumentos”.

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