PSD deve explicar ao país se quer respeitar os acordos e a concertação social
“O que está em causa neste momento é saber de que lado está o PSD, se está a favor de um acordo e do respeito pela concertação social”, sustentou Ana Catarina Mendes, sublinhando não se compreender que “o PSD tenha hoje, mais uma vez, uma atitude de desrespeito pela concertação social e uma atitude de falta de consideração pelo diálogo que foi atingido junto dos parceiros sociais”.
Perante dezenas de militantes e simpatizantes nas Caldas da Rainha, onde participou na apresentação da candidatura do PS à autarquia local, a dirigente socialista lembrou a “cambalhota” de Pedro Passos Coelho “sobre aquilo que é o papel da concertação social”, para questionar: “Que políticos são estes, que oposição é esta e que serviço presta à democracia?”.
Em 2014, recordou, Pedro Passos Coelho ”afirmava que o que é bom para os parceiros sociais é bom para os partidos políticos”. Agora, reforçou, “é preciso perguntar o que mudou entre 2014 e 2017”.
“Certamente, o que mudou é [o PSD] não gostar de ver o aumento do salário mínimo”, concluiu a Secretária-geral adjunta do PS.
Recorde-se que o acordo obtido pelo Governo socialista e os parceiros sociais, em dezembro último, prevê uma subida do Salário Mínimo Nacional para 557 euros.