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PS tem equipa com trabalho feito e não de ‘soundbites’

PS tem equipa com trabalho feito e não de ‘soundbites’

O primeiro-ministro e Secretário-geral socialista, António Costa, destacou, no Porto, a diferença que está subjacente à constituição das listas de candidatos dos diferentes partidos às próximas eleições europeias, salientando que, ao contrário do PS, que privilegiou a escolha de candidatos com provas dadas e trabalho realizado, há partidos que preferiram escolher quem produz mais ‘soundbites’ do que trabalho.
PS tem equipa com trabalho feito e não de ‘soundbites’

“Temos de combater a ideia de que os parlamentares europeus só existem no momento das campanhas eleitorais e que os parlamentares europeus existem na medida em que produzem `soundbites´, e não na medida em que produzem resultados efetivos”, afirmou António Costa no encerramento da conferência “A Europa e o Presente”, organizada pelo jornal ‘Público’, no Porto.

António Costa salientou ainda que o trabalho que é mais invisível, mesmo que menos reconhecido em função dos ‘soundbites’ produzidos, é o mais relevante e importante.

Na sua opinião, esta “perversão” empobrece a democracia e tende a confundir no acrónimo de KISS (Keep it simple, stupid) a ideia de simplificação com estupidificação.

“E essa diferença é essencial para perceber a mensagem. O estúpido é quem não simplifica, mas a simplificação não significa tratar os outros como estúpidos”, frisou.

Brexit: verdadeiro bloqueio resulta da indefinição do Reino Unido

Na sua intervenção, António Costa referiu-se ainda ao tema do ‘Brexit’, considerando que o “verdadeiro bloqueio” a um acordo não resulta da União Europeia, mas da incapacidade do Reino Unido em definir uma linha “coerente, clara e sustentada”.

“O ‘Brexit’ tem sido um excelente e surpreendente exemplo, demonstrando ter sido mais fácil unir os 27 em torno de uma posição negocial comum, do que criar unidade interna no Reino Unido contra aquilo que pretendem negociar na União Europeia”, referiu.

Na sua opinião, muitos dos que imaginam que fora da União Europeia, por mais fortes e grandes que sejam, podem ser mais fortes e ter maior capacidade de influência global estão “profundamente errados”, salientando que a União Europeia é uma “mais-valia” que merece ser defendida.

António Costa defendeu ainda que as próximas eleições europeias são determinantes para o futuro da Europa, advertindo para as ameaças à coesão do projeto europeu.

“É uma boa ocasião para todos compreenderem como temos de estar focados no futuro”, sublinhou.