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PS repudia “oportunismo político” do PSD e aponta a nova lei sobre manifestações

PS repudia “oportunismo político” do PSD e aponta a nova lei sobre manifestações

O Secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, lamentou hoje o “oportunismo e cinismo político” do líder do PSD na questão dos procedimentos relacionados com a realização de manifestações, por parte da Câmara Municipal de Lisboa, lembrando que o presidente da autarquia já assumiu que a partilha de dados constituiu um erro “lamentável” dos serviços municipais e que está em preparação uma nova legislação sobre a matéria.

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“O PS quer manifestar toda a solidariedade ao Dr. Fernando Medina e queríamos sinalizar que este caso é lamentável, como já foi considerado pelo presidente da Câmara, e por ser lamentável é que já mandou abrir um inquérito para apurar responsabilidades e avaliar todos os procedimentos relacionados com a autorização e realização de manifestações”, começou por afirmar José Luís Carneiro.

Segundo o dirigente socialista, “o sucedido também resulta de uma lei de 1974, totalmente desatualizada, e por isso o Governo está a trabalhar no sentido de promover uma nova proposta de projeto de lei para promover uma atualização da lei relativa ao direito de manifestação”.

José Luís Carneiro sublinhou que Fernando Medina “assumiu a sua responsabilidade” sobre esta matéria, “pedindo desculpas”, observando que “não faz sentido procurar imputar a um presidente da Câmara uma responsabilidade por aquilo que é um procedimento regular dentro da própria instituição”.

O ‘número dois’ da direção do PS devolveu, depois, as críticas dos partidos da direita, lamentando “o oportunismo e cinismo político das oposições e muito particularmente do PSD”.

“Oportunismo porque já foram dadas as explicações que têm que ver com um procedimento que é adotado pela Câmara de Lisboa desde que os governos civis foram extintos. De cinismo porque, por um lado, o líder do maior partido da oposição vem criticar o sucedido e lamentar os efeitos nocivos para a imagem e reputação do país, mas, ao mesmo tempo, sabemos que os deputados do PSD, enquadrados no Partido Popular Europeu, pretendem levar um assunto desta natureza ao Parlamento Europeu”, acentuou.

Para o PS, “esta atitude cínica do líder do PSD rompe com um princípio fundamental no que diz respeito à política externa, que tem que ver com o facto de não se utilizar matérias sensíveis de cariz diplomático ou consular para efeitos de política interna”, referindo que esta postura revela, também, uma fragilidade patente, quer da liderança social-democrata, quer das suas candidaturas autárquicas.

“Quem vejo de facto fragilizado são os candidatos do PSD. Temos um candidato à Câmara de Lisboa e é o presidente do partido que vem falar permanentemente, substituindo-se ao candidato”, disse.

O Secretário-geral adjunto do PS salientou, ainda, que Rui Rio “não tem feito grandes esforços para apresentar propostas para os problemas do país”, mas que relativamente a “tudo o que são casos e casinhos”, tem “estado em todas essas expressões daquilo que do nosso ponto de vista é a má política”.

“Era importante que Rui Rio se concentrasse no país e nas dificuldades que o país tem, porque é isso que se espera de um líder da oposição, é ter uma alternativa nacional para o país, e não correr atrás de pequenos casos para criar este ambiente pouco saudável”, concluiu.

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