PS quer que Rui Rio esclareça negociações com o Chega
O Secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, afirmou, no sábado, que os socialistas não colocam em causa a “autonomia” dos partidos nem a própria autonomia das estruturas açorianas, nas negociações para a formação de Governo na Região Autónoma dos Açores, mas acautela que uma das contrapartidas do Chega para a negociação, tendo em conta as “informações” que circulam no “espaço público”, passam por um apoio social-democrata à revisão constitucional proposta pelo partido de André Ventura.
Este posicionamento, na ótica do ‘número dois´ da direção do PS, representaria uma “rotura com o património cultural e de valores humanistas que estão inscritos” na Constituição, ao incluir, por exemplo, a pena de prisão perpétua.
“Em função dessas informações, o PS entende que o dr. Rui Rio tem o dever de, primeiro, esclarecer se há ou não há negociações em curso tendo em vista estabelecer um acordo com o Chega e se, em segundo lugar, esse acordo pressupõe” essa referida revisão constitucional, sustenta José Luís Carneiro.
O Secretário-geral adjunto do PS valoriza, contudo, as “vozes diversas muito críticas dentro do PSD” sobre as eventuais negociações e as “contrapartidas” reclamadas pelo Chega.