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PS quer plano regional de recuperação mais abrangente na área da educação

O Partido Socialista-Madeira defende que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) da Região tem de ser mais abrangente no que diz respeito à educação e não incidir somente na digitalização. Em conferência de imprensa realizada por via eletrónica, o deputado Rui Caetano deu conta que o PRR tem uma provisão na ordem de 21 milhões de euros para o setor, mas constatou que este valor incide apenas na vertente da digitalização da educação.

“Se nós queremos, na verdade, implementar um novo modelo educativo do ponto de vista das aprendizagens, dos conhecimentos e dos saberes e se queremos uma escola que vá ao encontro dos reais interesses dos nossos alunos e da sociedade em geral, não é apenas com a introdução de manuais digitais, computadores e tablets que vamos encontrar esse novo modelo. É preciso muito mais”, adiantou.

O parlamentar afirmou que um dos grandes problemas da população madeirense tem a ver com a qualificação, apontando, por exemplo, os baixos níveis de qualificação dos desempregados, que, em muitos casos, os impedem de responder às ofertas de emprego. Nesse sentido, defendeu que o PRR “deveria incidir também na área da formação profissional”, com uma outra visão, apontando à sua valorização e o seu crescimento na Região.

Por outro lado, Rui Caetano entende que o Governo Regional deve ter uma visão de cooperação estratégica com a Universidade da Madeira (UMa) em diversas áreas, entre as quais a formação de professores. Isto porque, tal como explicou, apesar da redução dos alunos, já há também uma diminuição de docentes em algumas disciplinas. “É preciso ter uma visão a médio e a longo prazo na formação de professores com a UMa, como se fez há muitos anos”, sustentou.

Os problemas relacionados com a depressão, a ansiedade e a dificuldade de integração dos jovens, causados pela pandemia, também deveriam ser tidos em conta. Tal como afirmou o parlamentar, “é grave o PRR não ter um programa de saúde mental escolar, por forma a dar resposta a estas situações”. Na sua ótica, é preciso trabalhar este problema de forma coordenada com as outras secretarias regionais, com as famílias, com os professores e com o pessoal não docente, “de forma a que sejam encontradas as melhores respostas para estes alunos, para depois não termos de remediar”.

Por fim, Rui Caetano defendeu que é necessário um programa para captar e incentivar os jovens para a prática de atividade física e do desporto, uma vez que este problema que já se verificava antes da pandemia agravou-se com este interregno causado pelo confinamento.