Não há “leituras nacionais” do resultado do PS nas eleições regionais dos Açores deste domingo, afirmou o Secretário-Geral do PS, Pedro Nuno Santos, deixando a garantia de que os açorianos podem continuar a contar com o PS na luta pelo desenvolvimento e pelo progresso económico e social da Região.
Na reação aos resultados das eleições legislativas nos Açores, nas quais o PS elegeu 23 deputados, face aos 26 eleitos pela coligação de direita, número insuficiente para assegurar uma solução de estabilidade governativa na Região, o líder socialista, que falava na sede nacional do partido, remeteu para a autonomia dos órgãos regionais do PS/Açores a futura questão do Governo açoriano.
Depois de saudar a coligação PSD/CDS-PP/PPM que venceu o plebiscito para a Assembleia Legislativa dos Açores, Pedro Nuno Santos disse “que nada mudou” com este resultado nas eleições açorianas, mantendo o PS, como garantiu, o foco de alcançar nas legislativas de março uma maioria estável que permita continuar a governar o país na “senda do progresso económico e social”.
O que resulta claro, para o líder socialista, é que o PS, em nenhuma circunstância, “viabilizará um Governo de direita” no plano nacional, garantindo que os socialistas continuam focados numa vitória eleitoral nas legislativas de 10 de março “com a mesma motivação e força que tínhamos ontem”.
E não o fará, como aludiu, por duas ordens de razões: uma primeira, “por uma mera questão democrática”, garantindo que a ideia de ter o PS e o PSD comprometidos com a mesma governação em nada iria beneficiar a vida dos portugueses, e que seria apenas uma solução com vantagens para o partido da extrema-direita; uma segunda razão, como também explicou, passa pelo facto de PS e PSD “terem uma visão ideológica diametralmente oposta” em relação a questões políticas, económicas e sociais.
Quem vota no PS, disse ainda o líder socialista, “vota numa determinada visão da sociedade e num determinado programa”, afastando qualquer tipo de confusões ideológicas, voltou a advogar que a única solução para que, em Portugal, não haja um Governo com a influência do Chega, “é com a vitória do PS”.
O Secretário-Geral do PS dirigiu também uma palavra de especial apreço pelo trabalho realizado pelos socialistas açorianos e, em particular, pelo presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro, afirmando que continua a contar com ele, considerando que o Partido Socialista não se pode dar ao luxo de prescindir de um quadro de grande prestígio e valor, “respeitado no plano nacional e europeu”.