“Por já termos vencido a austeridade, a estagnação económica e estarmos ainda a lutar contra a pandemia”, é que “não faz o menor sentido”, referiu ainda o líder socialista, ter-se aberto, “irresponsavelmente”, uma crise política em Portugal. Por isso, de acordo com António Costa, “só há uma resposta a dar no próximo domingo: Acabar com esta crise política já no domingo e não a deixarmos prolongar por mais quatro anos”, garantindo que o PS está disponível para o diálogo, “já no dia seguinte às eleições”.
Uma abertura, que, como referiu António Costa, “desde sempre faz parte integrante da história do PS”, lembrando que o Partido Socialista sempre foi, em todos os momentos, “o motor da concórdia nacional e o ponto de mobilização das diferentes forças”.
Na sua intervenção, António Costa destacou, também, o exemplo dado pelos portugueses no combate à pandemia de Covid-19, recusando a lógica, defendida por alguns, do “cada um por si”, com sentido de “solidariedade”, salientando que já 4,5 milhões de portugueses receberam a dose de reforço da vacina e que, apesar do aumento das infeções, o Serviço Nacional de Saúde não está sob pressão.
Uma realidade que, na perspetiva de António Costa, resulta da adequada estratégia seguida pelo Governo, um quadro em absoluto contraste com a resposta dada pelo executivo de direita liderado por Passos Coelho quando se viu perante a crise financeira, voltando a lembrar que, com o Governo do PS, e apesar da grave crise pandémica que o país ainda atravessa, “não houve aumento de impostos nem redução dos salários”, porque, ao contrário do que aconteceu em 2011, desta vez, com os socialistas, “houve a mobilização do Estado social e a proteção dos rendimentos”.
António Costa deixou ainda a garantia de estarem criadas “todas as condições sanitárias para que os portugueses possam no domingo votar em segurança”, voltando a afirmar que o PS é a única escolha “clara” entre as duas verdadeiras alternativas políticas que se apresentam aos portugueses.
“É o único que não tem um programa escondido” e que, em circunstância alguma, “dependerá da tolerância ou da complacência acordada ou não com a extrema-direita, porque com a extrema-direita não queremos nada, nada e mesmo nada”, completou.