“O Partido Socialista, como tinha dito hoje de manhã, queria o maior debate possível em sede de especialidade” e, por isso, viabilizou “a descida sem votação dos projetos relativamente aos quais foi pedida essa descida sem votação”, ou seja, do Governo, da IL e do Chega, e permitiu o debate em sede de especialidade viabilizando os projetos que foram a votos, frisou a presidente da bancada do PS em declarações à comunicação social no final do debate, na quarta-feira.
Salientando o “espírito democrático” da bancada socialista, Alexandra Leitão comentou que tem “alguma dificuldade em perceber onde é que está, da parte do Partido Socialista, qualquer falta de diálogo”.
“O que fizemos foi permitir que todos descessem à especialidade, uns votando a favor e outros viabilizando a descida sem votação”, ressalvou.
Alexandra Leitão deixou depois uma garantia: “Para o Partido Socialista, qualquer descida de impostos tem de ser justa socialmente, tem de manter a progressividade dos impostos e não pode ser regressiva. E aquilo a que assistimos no projeto do Governo é que ele tem estas três características”.
A líder parlamentar do PS sublinhou que o diploma do Governo de Luís Montenegro “é regressivo e baixa mais os impostos aos 10% de pessoas que têm mais rendimentos”, algo que nunca terá o acordo do Partido Socialista na especialidade.
“O sistema fiscal deve ser progressivo, justo socialmente e deve ser equitativo”, algo em que o PS “nunca cederá”, assegurou Alexandra Leitão, esclarecendo que “quando se faz uma redução de impostos desigual que beneficia 10% das famílias com mais rendimentos, estes princípios de progressividade e equidade não estão a ser cumpridos”.
Relativamente ao projeto do PS, Alexandra Leitão mostrou uma “convicção profunda” de que é o “melhor projeto e mais justo”.