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PS defende medidas ponderadas para desconfinamento lento, gradual e que permita recuar sem correr riscos

PS defende medidas ponderadas para desconfinamento lento, gradual e que permita recuar sem correr riscos

“A manterem-se os indicadores que são conhecidos, há condições para iniciar um processo lento, gradual, rigoroso de desconfinamento”, sublinhou hoje o secretário-geral adjunto do Partido Socialista, José Luís Carneiro, que alertou que no período da Páscoa devem haver “medidas mais rigorosas”.

José Luís Carneiro, que falava aos jornalistas no final de uma reunião por videoconferência com o Presidente da República, juntamente com a presidente do Grupo Parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, sobre a renovação do estado de emergência a partir de 17 de março, esclareceu que o plano de desconfinamento “deve ter flexibilidade para retificar medidas e para recuar, se for necessário, em função não apenas dos riscos que ainda prevalecem, mas também para garantir segurança, porque é de segurança e de saúde pública que estamos a falar”.

O Partido Socialista transmitiu também a Marcelo Rebelo de Sousa que ao período de desconfinamento “deve seguir-se uma avaliação criteriosa e adotarmos medidas mais rigorosas no período da Páscoa”. José Luís Carneiro explicou que “nesse período é importante haver uma maior rigidez no controlo de movimentos dos cidadãos”, já que é normal as famílias reunirem-se na Páscoa.

De acordo com o dirigente socialista, o PS entende que “a gestão do nível de risco deve ser uma gestão relativamente flexível que permita adotar medidas que tenham incidência territorial por forma a garantir que, perante surtos que possam ocorrer em determinados locais do território, possam ter respostas tão territorializadas quanto possível”.

E acrescentou que “essa territorialização deve ocorrer ao nível das áreas metropolitanas ou das comunidades intermunicipais”.

José Luís Carneiro clarificou que o processo de desconfinamento é “de natureza nacional”. No entanto, “perante alterações nos números da pandemia com incidência localizada, a resposta deve também ser adequada a essa incidência territorializada”, referiu.

Medidas devem ser simples e facilmente apreensíveis

O também vice-presidente da bancada do Partido Socialista recordou a reunião da passada segunda-feira no Infarmed, em que os especialistas “trouxeram contributos científicos muito relevantes quanto à categorização das diferentes tipologias e dos diferentes riscos”.

Desta forma, ficou-se a saber que “há três indicadores que são essenciais, um deles tem que ver com a incidência da pandemia, o segundo tem que ver com o índice de transmissibilidade e o terceiro com o recurso aos cuidados intensivos. E é em função dessas três variáveis que devem assentar as decisões políticas”, disse.

“É por isso que devem ser medidas com flexibilidade para permitir ajustamento às circunstâncias que tenhamos que enfrentar. Ao mesmo tempo entendemos que elas devem ser também medidas simples, facilmente apreensíveis para as condutas, para as atitudes e para os comportamentos dos portugueses e das suas instituições”, frisou.

José Luís Carneiro insistiu na necessidade de ponderação e exemplificou com as novas variantes da Covid-19 que estão a surgir na Europa. “Portanto, temos sempre de ser muito ponderados” e apostar num “desconfinamento lento, gradual e que nos permita recuar sem correr riscos”, asseverou o secretário-geral adjunto do PS.

 

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