Numa comunicação divulgada nos canais online do PS, o Secretário-Geral contesta a postura do governo em matéria de poupança fiscal, lembrando que a solução que os contribuintes aguardam “passa pelo Parlamento e pela proposta socialista”.
A iniciativa do PS, acrescenta, destacou-se por ser “socialmente mais justa”, uma vez que “contraria a habitual tentação da direita de beneficiar mais aqueles que já têm mais”.
Neste ponto, o líder socialista salienta também que a proposta do PS foi aquela que reuniu a vontade maioritária da Assembleia da República, precisando apenas de avançar sem entraves artificiais.
“O Partido Socialista conseguiu melhorar aquela que era a proposta do governo e agora o Governo está a fazer birra. Não quer aplicar a redução em 2024 porque não é exatamente o texto que levou ao Parlamento. Ora, isto não é aceitável”, critica o Secretário-Geral, insistindo em que a população quer, espera e precisa de ver progressos nesta matéria, independentemente da cor partidária da iniciativa.
“Para os portugueses aquilo que é importante é que o Parlamento aprove e que entre em vigor a redução”, enfatiza, reiterando que a proposta socialista “é mais justa porque chega a mais gente”.
Assim, o fundamental, insiste, “é mesmo que ela seja aplicada o quanto antes e que o governo se deixe de birras, passando a respeitar a vontade maioritária do Parlamento”.
Já na véspera, por ocasião da ida do primeiro-ministro à Assembleia da República para o debate quinzenal, Pedro Nuno Santos fez questão de desafiar Luís Montenegro a colocar as cartas sobre a mesa nesta matéria.
Na ocasião, o líder do PS quis saber “se o Governo fará birra e não deixará repercutir a descida do IRS”, caso a proposta seja promulgada pelo Presidente da República.
Na resposta, o chefe do executivo de direita limitou-se a recordar que o processo legislativo é da exclusiva responsabilidade dos partidos políticos com assento parlamentar.
“Com certeza que o Governo e o senhor primeiro-ministro querem cumprir estas propostas que foram aprovadas no parlamento [alojamento local]. O que nós não queremos acreditar é que não queira cumprir as outras que também são aprovadas mesmo com o voto contra do PSD. Nessas insere-se a redução do IRS”, contrapôs Pedro Nuno Santos, na reta final da intervenção que, ontem, concluiu com um incisivo apontamento.
“Os portugueses não querem saber se a proposta, no fim, teve mais a intervenção do PS ou mais a intervenção do PSD, só querem é que ela avance”.
Insatisfeito com a postura do executivo, o líder socialista deixa, de resto, registada no vídeo a garantia de que o PS não ficará de braços cruzados.
“Este será um tema a que voltaremos mais vezes no futuro”, promete.