“A pandemia pôs-nos à prova coletivamente e tem-nos demonstrado como a escola é tão determinante para as nossas vidas. É não só um local de aprendizagem e construção de conhecimento, mas também a base da preparação para a vida em sociedade e a construção do futuro”, assinalou o líder do executivo socialista.
A requalificação na escola sede do agrupamento Muralhas do Minho implicou um investimento de 3,7 milhões de euros, num projeto em parceria com a autarquia de Valença.
“Este é um excelente equipamento que permite dar melhores condições de trabalho aos professores e assistentes operacionais. Mas vai, sobretudo, beneficiar os cerca de 800 alunos que aqui constroem o futuro”, sublinhou António Costa, que se fez acompanhar pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.
O titular da pasta da educação reiterou a importância do investimento continuado na escola pública, lembrando, ainda por ocasião do 47º aniversário da revolução de Abril, o caminho feito desde abril de 1974, quando existiam “26% de portugueses analfabetos”.
“Apenas 7% dos portugueses frequentavam o ensino pré-escolar, só cerca de 4 ou 5% chegavam ao ensino secundário e um número muito reduzido frequentava o ensino superior. Na década de 90, o abandono escolar era considerado natural”, referiu, apontando o contraste da realidade atual da escola pública.
Esperança em avançar para última fase de desconfinamento
À margem da cerimónia, o primeiro-ministro assinalou também que a evolução dos dados da pandemia, a confirmarem-se as indicações transmitidas nas últimas semanas, conferem “esperança” de que o país possa dar o “passo que falta” no processo gradual de reabertura da atividade económica e social.
“Se tudo correr bem, estamos a uma semana de entrarmos na última e definitiva, espero que definitiva fase de reabertura da nossa sociedade”, disse António Costa, apontando ainda à avaliação que será realizada esta terça-feira, no Infarmed.
O chefe do Governo acrescentou que “o processo de vacinação está a andar e a bom ritmo”, no que é “uma luta contra o tempo” para vacinar mais depressa que as mutações e variantes do vírus que possam surgir.
Para dar “o passo que falta”, contudo, António Costa sublinhou, uma vez mais, a necessidade de manter uma atitude prudente e segura, sem relaxar comportamentos.
“Temos mesmo de continuar a usar da máscara, a manter o distanciamento físico e a higiene das mãos e a evitar contactos desnecessários”, alertou, referindo que essa “disciplina é para manter mesmo depois da primeira e segunda dose da vacina, porque não há dados que a ciência possa comprovar que mesmo concluído o processo de vacinação não haja risco de transmissão”.