Plano de recuperação “salienta papel das regiões”
“É uma proposta que, para mim, é importante porque salienta o papel das regiões no processo de retoma e não apenas os Estados-membros”, declarou o governante socialista, falando na sessão plenária ‘online’ da Assembleia Legislativa dos Açores.
Na sua intervenção Vasco Cordeiro destacou ainda o papel da Política de Coesão, um tema que tem sido recorrente nas intervenções do líder socialista açoriano, que foi já este ano eleito, em Bruxelas, primeiro vice-presidente do Comité das Regiões.
Recuperação “será morosa e difícil” e exige união de todos
Intervindo também na sessão, o presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores apontou, por seu lado, que o processo de recuperação económica e social na Região será “moroso e difícil”, apelando a um esforço de união por parte de todas as forças partidárias.
“A plena recuperação social e económica da Região será morosa e difícil, sabemo-lo bem, mas esta não é a primeira grande calamidade pela qual passamos e, infelizmente, não será a última”, afirmou Francisco César. “É necessário seguir em frente, prosseguir uma política de ação, construir consensos e fortalecer a união com todos os partidos disponíveis para tal”, completou.
Francisco César defendeu que “não há desconfinamento seguro”, se este for feito de uma forma descoordenada, “com todos a contestar as regras que não sejam do seu agrado”, pedindo que a “avaliação” do que foi feito, em termos de combate à pandemia de Covid-19, seja “séria, idónea e construtiva”.
Na sua declaração política, o líder da bancada socialista garantiu que o PS/Açores mantém a “convicção firme” em relação ao que falta fazer. “Restabelecer progressivamente a atividade económica e o normal funcionamento da nossa sociedade, de acordo com a realidade de cada ilha, capacitar o Serviço Regional de Saúde para repor o tempo perdido e, simultaneamente, prepararmo-nos para uma segunda vaga de infeções, e implementar uma verdadeira estratégia de retoma económica devidamente enquadrada nos planos de recuperação do país e da União Europeia”, foram as diretrizes que apontou.
Reconhecendo que “embora numa ou noutra área, nem tudo o que tivesse alcançado os resultados pretendidos”, e lamentando “os óbitos ocorridos”, Francisco César elogiou o trabalho desenvolvido por quem nunca virou a cara à luta e lembrou que foi “fundamental ter coragem” para “agir com o objetivo de impedir o alastrar da infeção”.
Francisco César recordou que “os Açorianos já passaram por diversas adversidades ao longo da sua história — sismos, erupções vulcânicas, tempestades, guerras, pragas e doenças” e que, de todas elas, saíram “mais fortes, porque os açorianos sempre souberam aprender com o passado e reinventar o futuro”. Citando o presidente do Governo, Vasco Cordeiro, insistiu: “Iremos até ao derradeiro limite daquilo que nos é permitido, nós não desertamos deste combate, nós não desistimos, nós não baixamos os braços”.