O primeiro-ministro falava esta manhã, no município de Sintra, no lançamento de um concurso de apoio à construção de edifícios energeticamente mais sustentáveis, uma iniciativa que envolve um financiamento de 30 milhões de euros. António Costa, que estava acompanhado pelo presidente da autarquia, Basílio Horta, e pelos ministros do Planeamento, Nelson de Souza, e do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, aproveitou para mencionar que este é um programa que não visa ter apenas “um efeito duradouro na poupança energética”, mas contribuir também para uma “potencial reanimação imediata da economia”.
“Neste programa, os nossos parceiros são todos e cada um dos portugueses. São os moradores de qualquer rua deste país”, disse António Costa, relembrando que a medida foi já recentemente testada no Programa de Estabilização Económica e Social, cujo sucesso “levou à multiplicação do valor investido”.
O chefe do Governo e líder socialista teve ainda ocasião de salientar que, só para o programa da eficiência energética em edifícios residenciais, o PRR disponibiliza uma verba global de 300 milhões de euros, lembrando que a par desta iniciativa outras estão já no terreno, como as destinadas a dar formação superior a jovens e a adultos ou ainda o lançamento, “feito ainda esta semana”, de medidas que têm por objetivo mobilizar a “inovação empresarial”.
Avaliações semestrais
Nesta sessão falou também o ministro do Planeamento, Nelson de Souza, que deixou vários avisos em relação à execução do PRR, lembrando a este propósito que o país, tal como sucederá com todos os restantes Estados-membros, “será sujeito a exames semestrais” por parte da União Europeia, com base em “metas e marcos a contratualizar em definitivo”. Um cenário que, segundo governante, vai obrigar o país a preparar-se bem para esses momentos de avaliação, “cumprindo integralmente os compromissos em termos de reformas e de investimentos”.
Ainda segundo o ministro Nelson de Souza, ninguém terá dúvidas de que a boa execução do PRR não vai depender apenas e só do lado da “máquina de gestão e do controlo”, mas que dependerá também e muito e “em larga medida”, como acrescentou, da capacidade que o país tiver de mobilizar os portugueses, sobretudo aqueles que mais diretamente estão “envolvidos nos projetos, nos investimentos e nas reformas”.