Prémio Maria Isabel Barreno distingue 5 “Mulheres Criadoras de Cultura”

A cerimónia de entrega decorreu no Museu Nacional dos Coches, em Lisboa, com a presença da secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Catarina Marcelino, e do secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado.

Fundadora do projeto Andante, a atriz Cristina Paiva salientou que o prémio serve para colocar na agenda pública a discussão sobre o papel da mulher na sociedade, num tempo, apontou, em que é ainda uma evidência que “a igualdade entre géneros está muito longe”.

Os rótulos e as dificuldades com que se confrontou por ser mulher, ao longo do seu percurso profissional na criação artística, foram também enfatizados pela encenadora e atriz Mónica Calle, outra das distinguidas.

Diana Andringa, por seu lado, dedicou o prémio a “todos os jornalistas que consideram que fazer jornalismo é uma forma de intervir na cultura e na cidadania e não criar conteúdos nem encher chouriços”, enquanto a soprano Elisabete Matos recordou os sacrifícios da carreira na música e na cultura em Portugal.

Ausente por motivos de saúde, a pintora Paula Rego foi representada na cerimónia pela curadora Cristina Alfaro, coordenadora da programação e conservação da Casa das Histórias – Museu Paula Rego.

O prémio, atribuído pela primeira vez em 2013, ganhou este ano a designação de Maria Isabel Barreno, em homenagem à escritora falecida em 2016, sendo uma iniciativa da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género e do Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais.

Em edições anteriores foram reconhecidas, entre outras, a bailarina Anna Mascolo, a encenadora Germana Tânger, a maestrina Joana Carneiro, a designer de moda Alexandra Moura, a realizadora Teresa Villaverde, a editora livreira Bárbara Bulhosa e a cantora Maria João.