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Portugal volta a aumentar investimento em ciência depois de seis anos de quebra

Portugal investiu, no ano passado, 2348 milhões de euros em investigação e desenvolvimento (I&D), relevam os dados provisórios do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional de 2016, que foram publicados, esta segunda-feira, pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC). Este valor representa 1,27% do produto interno bruto (PIB) de 2016 e significa que, pela primeira vez desde 2010, o país aumenta as despesas com o sector relativamente ao ano anterior.

Os 1,27% do PIB investidos em I&D em 2016 significam um aumento ligeiro face ao valor verificado ano anterior (mais 0,03 pontos percentuais). Este crescimento é, ainda assim, suficiente para pôr um ponto final no ciclo de queda que se verificava desde 2010. “Conseguimos finalmente inverter a tendência de decréscimo da despesa pública e privada”, valoriza o ministro da Ciência Manuel Heitor.

“Os dados confirmam que podemos voltar a ter a esperança e a confiança da retoma do processo de convergência com a Europa do conhecimento”, defende o ministro Manuel Heitor. O Governo tem como objetivo “exigente, mas realista” que o nível de investimento global em I&D em 2022 seja de 2,15% do PIB, o que, a concretizar-se, bateria todos os recordes nacionais de despesa com ciência.

Para que isso aconteça, a despesa pública tem de crescer “cerca de 50 milhões de euros por ano a partir de 2018”, enquanto a despesa privada terá de ter um aumento de 200 a 300 milhões de euros por ano nos próximos cinco anos, antecipa Heitor.