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Portugal vai manter Plataforma para Estudantes Sírios fundada por Jorge Sampaio

Portugal vai manter Plataforma para Estudantes Sírios fundada por Jorge Sampaio

O Governo português, através do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, foi esta semana às Nações Unidas, em Nova Iorque, garantir que Portugal vai prosseguir com o trabalho iniciado pelo antigo Presidente português Jorge Sampaio na Plataforma Global para Estudantes Sírios, de que foi fundador.

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António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, foi uma das destacadas personalidades que marcaram presença na cerimónia organizada esta semana em Nova Iorque, pela Missão de Portugal junto da ONU e pela Aliança das Civilizações, para homenagear o antigo presidente português Jorge Sampaio e ex-Alto Representante para a Aliança das Civilizações, uma iniciativa em que estiveram presentes, para além de diversos diplomatas com assento junto das Nações Unidas, o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

Na sua intervenção, o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros, depois de recordar a importante contribuição que Jorge Sampaio, no âmbito das Nações Unidas, deu também na luta contra a tuberculose e no trabalho que empreendeu em prol da “promoção da saúde pública e no avanço do diálogo intercultural e inter-religioso”, assim como na “proteção de direitos humanos, inclusive o direito à educação”, manifestou o compromisso de Portugal em querer prosseguir com o trabalho iniciado pelo ex-Presidente na Plataforma Global para Estudantes Sírios.

Segundo o ministro Augusto Santos Silva, esta decisão do Governo português justifica-se em grande medida, como salientou, por se ter revelado um “verdadeiro catalisador para o ensino superior”, dispondo de um significativo “mecanismo de resposta rápida”, para além de ser igualmente, como também salientou, um “programa de bolsas de estudo com provas dadas”, tendo já beneficiado “750 estudantes desde 2014”.

Um legado excecional

Para o secretário-geral da ONU, António Guterres, a herança deixada por Jorge Sampaio, quer nas iniciativas que abraçou no âmbito das Nações Unidas, como em muitas outras em outros lugares, deixou sempre uma marca e um “legado excecional” de alguém que sempre se mostrou disponível para, de “forma devotada”, abraçar todas as “causas nobres” que, de algum modo, pudessem “melhorar as vidas de pessoas em todo o mundo”.

Ainda segundo António Guterres, Jorge Sampaio foi um “cidadão global e multilateralista”, um arquiteto “bem-sucedido de um importante mecanismo” das Nações Unidas, lembrando que o objetivo da Aliança das Civilizações foi e vai continuar a ser “simples, mas ao mesmo tempo complexo”, por querer “promover a diplomacia preventiva e construir pontes de diálogo e compreensão entre culturas e religiões”.

Também o atual Alto Representante da Aliança das Civilizações das Nações Unidas, Miguel Ángel Moratinos, concordou, numa breve intervenção, que o “mundo está a passar por tempos difíceis”, lamentando que a “desconfiança, o ódio e a discriminação” sejam hoje valores em alta, defendendo como alternativa que “mais do que nunca” é preciso praticar a conhecida frase de Jorge Sampaio, de que a “solidariedade não é facultativa, é um dever”.

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