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Portugal na liderança das políticas de igualdade

Portugal na liderança das políticas de igualdade

Lisboa vai acolher de 9 a 11 deste mês uma conferência regional para debater a igualdade de género e a capacitação das mulheres do mediterrâneo, numa organização entre o Governo português e a União para o Mediterrâneo (UpM).

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Portugal na liderança das políticas de igualdade

Durante três dias, a Fundação Champalimaud, em Lisboa, vai ser o palco de uma conferência regional de alto nível sobre o empobrecimento das mulheres nos países do mediterrâneo, a igualdade de género e a capacitação das mulheres, um encontro que se realiza pela primeira vez fora da sede da organização, em Barcelona.

O evento, que já vai na sua quarta edição, deverá contar nesta conferência de Lisboa, subordinada ao tema “Mulheres a construir sociedades inclusivas no Mediterrâneo”, com a participação de centenas de intervenientes vindos dos 43 países que integram a UpM, que, entretanto, aprovaram já uma declaração onde é defendida a “adoção de medidas e políticas para a promoção da igualdade entre homens e mulheres em todas as esferas da sociedade”.

O papel do homem e do setor privado serão igualmente dois dos temas fortes desta conferência, onde se falará também da função dos media na “alteração de estereótipos e barreiras sociais”, mas também formas de “combater a violência de género” e os meios para “capacitar as mulheres em áreas rurais”, não deixando também de ser abordado o “papel das mulheres nas ciências ou medidas para investir na saúde sexual e reprodutiva”.

Para a secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, a escolha de Portugal para a realização desta conferência regional não é uma escolha inocente, recordando a este propósito que o país tem vindo a destacar-se a nível internacional na “aplicação de políticas para a promoção da igualdade entre homens e mulheres”, mas também, acrescentou ainda a governante, porque Portugal tem igualmente vindo a assumir um papel determinante no “combate à descriminação salarial”.

Também a secretária-geral da organização, Laurence Pais, se mostrou muito satisfeita com a escolha de Lisboa, manifestando o desejo que o encontro seja um “espaço de partilha de experiências dos diferentes países” e lembrando que só com uma profunda e verdadeira troca de informações entre todos será possível perceber o que “cada um dos países conseguiu fazer no último ano” em matéria de igualdade de género e de capacitação das mulheres e “avaliar o que ainda falta fazer”.

A líder da UpM lamentou a falta de informação estatística sobre o andamento e a evolução das políticas nos vários países do mediterrâneo ao nível da igualdade de género e da capacitação das mulheres, mostrando-se, contudo, convicta de que será possível no decorrer dos trabalhos em Lisboa estabelecer uma “metodologia comum” que os países devem começar a aplicar nos próximos meses, “o mais tardar no próximo ano”, com critérios objetivos que “todos os países têm de cumprir para a elaboração do próximo relatório” e não apenas com “informação dispersa”.