Portugal deve apostar na diversificação de mercados para consolidar o crescimento das exportações
Depois de elogiar o conjunto das empresas nacionais e das suas associações pelo trabalho que têm vindo a desenvolver em prol do aumento do grau de internacionalização da economia portuguesa, o ministro Augusto Santos Silva lembrou que o país não pode nem deve adormecer à sombra do êxito entretanto alcançado, defendendo que o futuro exige que a postura atual se “torne a nossa rotina”.
O governante, que falava na apresentação de projetos conjuntos de internacionalização das associações empresariais, durante uma sessão realizada na Igreja do Convento de São Francisco, em Coimbra, alertou para o facto de Portugal ainda precisar de dar passos importantes, quer no “esforço de consolidação”, quer no desenvolvimento do seu grau de internacionalização e diversificação de mercados, isto, como acrescentou, com o objetivo, por um lado, de promover o “aumento da resiliência do tecido exportador”, e, por outro lado, de forma a reduzir o número da “mortalidade das empresas exportadoras”.
Para Augusto Santos Silva, a melhor maneira de “equilibrar riscos” e aumentar o volume de negócios com outros países passa por “diversificar mercados” e pela aposta no “trabalho conjunto” das associações empresariais, recordando aos empresários nacionais presentes a mais-valia que representa o facto de Portugal “não ter diferendos políticos com nenhum país do mundo”, o que, em sua opinião, acaba por perfazer igualmente “um fator muito importante quando se pensa na economia internacional”.
Prestígio de Portugal
O titular da pasta dos Negócios Estrangeiros sugeriu depois aos empresários portugueses que se “aproveitem da oportunidade conjuntural única” do crescimento da economia portuguesa, aconselhando-os igualmente a valerem-se mais do “prestígio do nome de Portugal no mundo”, indicando que esta notoriedade do país deve ser também usada como “trunfo económico em dinâmicas de internacionalização”.
Na opinião de Santos Silva, os empresários nacionais devem ainda “utilizar bem” as diferentes parcerias que o país tem no estrangeiro, dando como exemplos os consulados e as embaixadas, bem como as redes do Turismo de Portugal e da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).
Exportações aceleram
Entretanto o INE (Instituto Nacional de Estatística) acaba de divulgar que as exportações portuguesas estão a bater pela primeira as importações, algo que sucede em 2017 pela primeira vez.
Segundo os dados do INE referentes ao passado mês de agosto, as exportações de bens cresceram a um ritmo mais acelerado do que as importações, algo que sucede este ano pela primeira vez, sendo que esta evolução é explicada, segundo aquele organismo, pelo “crescimento das vendas de material de transporte e de combustíveis e lubrificantes”.