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Portugal afirma “causa global” dos oceanos e lança aposta na produção de energia eólica offshore

Portugal afirma “causa global” dos oceanos e lança aposta na produção de energia eólica offshore

De acordo com o primeiro-ministro, António Costa, vai ser lançada esta semana a audição pública para a proposta de “delimitação das zonas de implantação da produção ‘offshore’ de energia eólica”, estando previsto que o primeiro leilão possa acontecer no último trimestre deste ano de 2023.

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António Costa, Ocean Race Summit em Cabo Verde

Intervindo na Ocean Race Summit, iniciativa que teve lugar esta manhã na cidade cabo-verdiana do Mindelo, e que contou com a presença do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, o líder do Governo, depois de referir os passos firmes que Portugal está a dar para avançar na produção de energia eólica ‘offshore’, lembrou o papel decisivo que a economia azul pode e deve desempenhar, reivindicando um “maior aproveitamento económico dos oceanos”, o que, para António Costa, é estruturante para se poder alcançar “as metas ambientais” sucessivamente defendidas em todas cimeiras.

Para o primeiro-ministro, é utópico pensar que será possível atingir o objetivo de emissões zero sem contar com o “papel determinante” que os oceanos desempenham “na regulação do clima”, defendendo passos firmes com um “financiamento adequado” na transição das indústrias intensivas em carbono e poluentes para “setores que assegurem a sustentabilidade do ambiente e a prosperidade económica”, um processo que não deve, em caso algum, “deixar ninguém para trás”.

Proteger e defender os oceanos é, para António Costa, tal como voltou a defender nesta cimeira em Cabo Verde, “uma causa global” que faz sentido ser levada a cabo “através de uma abordagem multilateral centrada nas Nações Unidas”, sem descorar a participação, como também defendeu, “não só dos governos, mas de toda a sociedade civil”.

Antes, o primeiro-ministro tinha já recordado a promessa que lançou em junho do ano passado, aquando da conferência dos Oceanos das Nações Unidas, em Lisboa, de Portugal poder produzir, até 2030, “10 gigawatts de energia eólica ‘offshore'”, uma promessa que não impediu António Costa de passar em revista alguns dos passos já entretanto dados por Portugal na defesa da economia dos oceanos, sustentando não haver escapatória a um “aumento à escala global do financiamento das ações baseadas nos oceanos”.

A realização deste encontro, em que participaram, entre outras destacadas personalidades políticas, para além do primeiro-ministro português e do secretário-geral da ONU, muitos especialistas de todas as áreas ligadas à economia dos oceanos, coincidiu com a passagem por Cabo Verde da Ocean Race, que é hoje a maior e mais antiga regata do mundo.

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