Porto vai concorrer à Agência Europeia do Medicamento
No final da reunião do Conselho de Ministros, que teve lugar esta quinta-feira, Maria Manuel Leitão Marques justificou a escolha do Executivo, que também considerava a candidatura de Lisboa, como sendo o Porto a cidade portuguesa que “apresenta melhores condições para acolher a sede daquela instituição”, apontando a centralidade geográfica e o reforço da coesão territorial como fatores determinantes.
“O Porto está mais próximo do centro da Europa, tem uma relação muito importante com o noroeste da Península com Espanha”, referiu a governante, salientando que a opção pelo Porto permite “criar outros polos de desenvolvimento para ter um país mais coeso”.
Também presente na conferência de Imprensa, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, salientou que Lisboa e Porto eram “ambas candidaturas muito fortes e competitivas”, destacando que a escolha do Porto justifica-se “pela dinâmica não só do tecido empresarial e económico mas também pela aposta nas ciências da saúde, nos polos de investigação, e pela nova centralidade que representa no eixo importante não apenas de Portugal e da Península”.
“O mais importante é perceber que o país precisa de se organizar num novo modelo do território e que este é um sinal importante que as competências que estão disseminadas a norte e a sul do país têm de ser potenciadas”, disse Campos Fernandes, assinalando que o Porto oferece “o capital humano, as competências técnicas, científicas, industriais, a dinamização económica e o desenvolvimento extraordinário nos últimos anos”.
“Uma grande vitória do Porto”
O líder da Federação distrital do PS e candidato socialista à Câmara Municipal do Porto, Manuel Pizarro, congratulou-se já com a escolha da cidade, afirmando que “é bom para o Porto, para o Norte, mas sobretudo para o país”.
“Entendo que fomos capazes de esgrimir os argumentos certos. O Porto tem não apenas todas as condições para acolher a futura sede da Agência Europeia do Medicamento”, como “está em melhores condições para ser uma candidatura vencedora por parte do país”, defendeu.
O dirigente socialista salientou que “sempre que o Porto ultrapassa as fronteiras das divergências e é capaz de se unir e mobilizar o melhor da sociedade portuense, o Porto é capaz de vencer”. “Esta é uma grande vitória do Porto”, reforçou.
Manuel Pizarro lembrou que “este percurso só foi possível graças à mobilização do conjunto de instituições públicas e privadas da Área Metropolitana do Porto”, depois da iniciativa do PS em levar uma proposta em defesa da candidatura a reunião do executivo camarário.
Ressalvando “este é apenas o início do percurso” e que a candidatura portuguesa concorre com cidades e países de maior dimensão, o líder socialista distrital defendeu que “agora há que fazer uma grande candidatura nacional, há que manter e reforçar esse envolvimento” para que a cidade do Porto seja vencedora.