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Plataforma LEME promove literacia mediática e combate à desinformação

Plataforma LEME promove literacia mediática e combate à desinformação

O Governo apresentou esta quarta-feira a plataforma digital LEME – Literacia e Educação Mediática em Linha, um site agregador de recursos e conteúdos de literacia mediática, que se destina a ser usado sobretudo por educadores e professores, mas também pelo público em geral, no sentido de promover uma cidadania informada e o combate à desinformação.

Plataforma LEME

Na sessão de apresentação, o secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, Nuno Artur Silva, um dos promotores da iniciativa, sublinhou que “a valorização da literacia mediática é fundamental por questões de cidadania e de participação social, para que todos possam participar de forma informada”.

“Se queremos ter cidadãos preparados para o futuro, eles têm que estar informados e, para estarem informados, precisam de ter instrumentos que os defendam das armadilhas da desinformação”, afirmou.

Nuno Artur Silva referiu que havia uma lacuna no combate à desinformação, por não existir um agregador de informação que ajude a dotar os cidadãos de instrumentos de combate à desinformação e às chamadas ‘fake news’.

“Quando estamos nas redes sociais, quando lemos uma notícia, quando vemos uma notícia na televisão ou nos chega uma informação na internet, nós estamos vulneráveis e tendemos a acreditar na notícia”, disse, advertindo, contudo, “esse é campo fértil para manobras voluntárias, às vezes involuntárias, de desinformação e isso mina e destrói a democracia”.

A criação deste site, que ajuda a perceber a informação “parece-nos fundamental para a defesa da democracia, porque é, no fundo, dar aos cidadãos, desde muito pequenos, a capacidade de perceber como se devem informar, ou seja, ao que têm de estar alerta para perceber se uma informação é correta, se as fontes são credíveis, se não estão a ser enganados”, acrescentou.

Defesa da democracia

O secretário de Estado Adjunto e da Educação, copromotor da iniciativa, acentuou também a dimensão pedagógica e formativa da plataforma, como um “instrumento fundamental para a preservação da democracia” e da liberdade.

João Costa lembrou os resultados do último teste do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA – Programme for International Student Assessment), que, entre outros aspetos, concluiu que nove em cada 10 alunos portugueses não distinguem factos de opinião na leitura de um texto.

“Quando estamos a trabalhar literacia dos media, literacia digital, estamos a pôr nas mãos de cada aluno das nossas escolas um instrumento fundamental para a preservação da democracia e para a manutenção da sua própria liberdade”, explicou.

A plataforma LEME contou com contributos de vários intervenientes, entre os quais investigadores, professores, formadores, jornalistas e representantes de instituições públicas, e pode ser já acedida a título gratuito.

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