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Plano Estratégico para o Inverno abre 500 novas vagas em cuidados continuados

Plano Estratégico para o Inverno abre 500 novas vagas em cuidados continuados

Num trabalho conjunto do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, com as Misericórdias e com diversas instituições particulares de solidariedade social, a Rede Nacional de Cuidados Continuados vai abrir 500 novas vagas destinadas a receber doentes que, por razões de ordem social, permanecem internados nos estabelecimentos hospitalares.

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Manuel Pizarro

De acordo com o ministro da Saúde, que falava esta quarta-feira, em Lisboa, à margem da apresentação do Plano Estratégico do Ministério da Saúde para o Inverno 2022-2023, depois da abertura destas 500 vagas, que nesta primeira fase vão dar prioridade a receber doentes da região de Lisboa e Vale do Tejo, por ser “nesta região onde a pressão mais se faz sentir”, o Governo prepara-se já para alargar o número de camas disponíveis nos vários Serviços de Cuidados Continuados espalhados pelo país, garantindo ser este o caminho que melhor responde para aliviar o constante fluxo na procura dos serviços hospitalares.

A par desta iniciativa, o ministro Manuel Pizarro, que tinha a seu lado a secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, teve ainda ocasião para anunciar um conjunto de outras medidas previstas no documento e destinadas a apoiar a população idosa e mais vulnerável, destacando, entre elas, o “fortalecimento do programa de transição entre a alta hospitalar e a resposta social”, mas também uma preocupação em “alargar a capacidade de resposta do setor social contratado pelo Estado”, de forma a agilizar “a saída daqueles que já não necessitam de cuidados clínicos dentro do hospital”.

Para o Ministério da Saúde, o que não é aconselhável é que se desvie o foco daquela que deve ser a “preocupação fundamental desta época”, que passa não só pelo combate à pandemia de Covid-19, mas também por enfrentar a gripe ou “mesmo o frio”.

Garantido ficou que as estruturas públicas de saúde vão continuar a “vigiar ativamente” os surtos nas estruturas residenciais para idosos ou similares, locais onde existe “maior vulnerabilidade”.

Outras iniciativas foram ainda anunciadas, como um serviço de telessaúde para apoio a profissionais nas unidades de saúde ou que trabalham em estruturas residenciais para idosos, também a formação de “equipas específicas” de profissionais dos “agrupamentos de centros de saúde ou dos hospitais que ativamente acorram aos lares de idosos para evitar descompensações e eventuais recursos aos cuidados de saúde”, não esquecendo, como acrescentou, medidas que visam “melhorar a humanização e a comunicação com os familiares”, também em relação às pessoas “que estão no serviço de urgência”.

Quanto à linha SNS 24, Manuel Pizarro garantiu que algumas das falhas, entretanto detetadas, “estão já a ser corrigidas”, e que novas respostas no âmbito deste serviço estão já a ser criadas, algumas delas “absolutamente inovadoras”, como a colocação de um “profissional de referência” em cada uma das unidades de internamento de pessoas idosas. Uma medida que, segundo o governante, permitirá à linha Saúde 24 prestar às pessoas um “aconselhamento profissional” mais próximo, evitando deslocações desnecessárias quer às urgências, quer às consultas hospitalares.

Aumentar a informação

Manuel Pizarro apelou também a que mais pessoas procurem diariamente no portal do SNS a “informação atualizada” de que necessitam, quer em relação aos horários alargados dos centros de saúde, quer aos “atendimentos suplementares”, um expediente que, segundo o governante, permitirá “evitar a sobrelotação das urgências hospitalares”, avançando com a notícia de que a partir de hoje 36 centros de saúde na região de Lisboa e Vale do Tejo, “onde há maior procura”, trabalham com horário alargado.

Houve ainda tempo para o ministro da Saúde fazer uma referência aos serviços de urgência, garantindo que o objetivo do Governo nesta área é o de “melhorar o movimento e a fluidez” dentro destas estruturas hospitalares, o que poderá ser conseguido, como referiu, recorrendo à criação de “equipas de coordenação integradas de todas as vagas em cada hospital”, permitindo que “o internamento do doente no serviço de urgência possa ser mais rápido”.

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