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Plano de desconfinamento trava no nível atual e com mais restrições em alguns concelhos

Plano de desconfinamento trava no nível atual e com mais restrições em alguns concelhos

A ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, revelou esta quinta-feira que a evolução da situação epidemiológica observada em Portugal não permite prosseguir o plano de desconfinamento, como previsto para 28 de junho, obrigando também à aplicação de restrições acrescidas em alguns concelhos, sobretudo em Lisboa, Albufeira e Sesimbra, que registam um nível de risco mais grave,

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Mariana Vieira da Silva, Conselho de Ministros

Na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, Mariana Vieira da Silva realçou que, “ao longo da última semana, houve um crescimento de casos de 34%, de internamentos de 30% e de internados em cuidados intensivos de 26%”, colocando o conjunto do país “claramente na zona vermelha da matriz de risco”, pelo que “não existem condições para prosseguir o plano de desconfinamento previsto”.

“Ainda estamos longe das linhas vermelhas definidas para a utilização do Serviço Nacional de Saúde, mas temos um registo de crescimento de internamentos e de pessoas em cuidados intensivos. Temos uma situação que é complexa e que exige a atenção de todos”, salientou.

A ministra referiu que existe “uma boa parte do país com incidências abaixo do limite”, mas que “há territórios com níveis de risco mais graves”. Em relação à semana anterior, os concelhos de Águeda e Sertã conseguiram recuperar, mas há 19 concelhos em alerta, “essencialmente na zona periférica da região de Lisboa e Vale do Tejo e Centro, e também no Algarve”.

 

Concelhos com restrições acrescidas

Mariana Vieira da Silva enumerou, também, os 25 concelhos que, por terem tido duas semanas consecutivas mais de 120 casos por 100 mil habitantes a 14 dias (ou 240, dependendo da densidade populacional), vão recuar e ter horários reduzidos: Alcochete, Almada, Amadora, Arruda dos Vinhos, Barreiro, Braga, Cascais, Grândola, Lagos, Loulé, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odemira, Odivelas, Oeiras, Palmela, Sardoal, Seixal, Setúbal, Sines, Sintra, Sobral de Monte Agraço e Vila Franca de Xira.

“A todos estes concelhos aplicam-se as restrições horárias que se têm aplicado no concelho de Lisboa, como o encerramento dos restaurantes e similares às 22h30”, especificou.

Os municípios de Albufeira, Lisboa e Sesimbra, onde se observa um risco mais elevado, passarão a ter a restauração e os estabelecimentos do setor não alimentar a encerrar às 15h30 ao fim de semana, período durante o qual os supermercados e restantes superfícies de retalho alimentar poderão funcionar até às 19h00.

A ministra alertou ainda que os dados indiciam que estas medidas podem vir a abrange, na próxima semana, mais 16 concelhos, situados sobretudo na Área Metropolitana de Lisboa e no Algarve.

 

Circulação na Área Metropolitana de Lisboa

O Governo decidiu também manter a proibição de circulação de e para a Área Metropolitana de Lisboa, desde as 15h00 de sexta-feira até às 06h00 de segunda-feira, mas abriu a possibilidade de o fazer com prova de teste negativo ou certificado digital Covid.

“A partir deste momento, passa a ser possível sair e entrar da AML com um teste, seja ele PCR (feitos nas últimas 72 horas] ou de antigénio nas últimas 48 horas, bem como com o certificado digital que já está disponível no site do SNS e que pode ser descarregado, em como a pessoa tem a vacinação completa ou em como é recuperada da doença Covid-19 nos últimos meses”, explicou.

Mariana Vieira da Silva reiterou que Portugal “está numa situação mais grave”, que deve ser controlada com o apoio de todos. “Temos neste momento ainda mais de 700 mil pessoas com mais de 60 anos que ainda não têm vacinação completa e é muito importante que este seja um período de controlo da pandemia”, disse.

A ministra frisou ainda a expetativa do Governo, de acordo com as vacinas disponíveis, de poder completar a vacinação de 320 mil pessoas por semana. “Estamos numa luta contra o tempo entre vacinação e propagação da doença. É necessário pedir a todos um esforço suplementar neste momento”, acrescentou.

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