“Já tive oportunidade de transmitir pessoalmente ao Presidente do Governo de Espanha a nossa solidariedade face aos acontecimentos recentes”, assinalou o líder socialista.
Em causa, recorde-se, esteve uma denúncia contra a sua mulher, apresentada por uma associação próxima da extrema-direita espanhola e sobre a qual o Ministério Público de Espanha pediu o arquivamento, por considerar que mesma não tinha qualquer fundamento.
Depois de ter repudiado a campanha “suja” alimentada pelo Partido Popular (PP) e pelo Vox, Pedro Sánchez disse precisar de “parar e refletir” sobre se deve e valeria a pena continuar à frente do Governo de Espanha num contexto de “lodaçal em que a direita e a extrema-direita pretendem transformar a política”.
Já esta segunda-feira, após um período de reflexão, o primeiro-ministro espanhol anunciou a sua decisão de “continuar com mais força ainda”, frisando que o sucedido deve também servir para impor uma nova forma de fazer política e para “uma reflexão coletiva que abra passo à limpeza, à regeneração, ao jogo limpo”.
“Há demasiado tempo que deixamos que o lodo colonize de forma impune a vida política, a vida pública, que nos contamina de prática tóxicas, impensáveis há uns anos”, declarou o chefe de Governo espanhol.
Na sua mensagem de solidariedade, Pedro Nuno Santos elogiou ainda a liderança de Pedro Sánchez, sublinhando que a mesma tem contribuído “ativamente para as ótimas relações” entre Portugal e Espanha “e para uma Europa mais livre, mais justa e democrática”.